quarta-feira, 20 de abril de 2016

As aulas de Robótica

Por  Vicente Romeu Cianciarulo Longo 

Robôs podem ser máquinas cibernéticas, na forma humanoide, mas também máquinas locomotivas, tratores, carros automatizados, ou máquinas simples, como elevadores, batedeiras, cafeteiras, e tudo que seja controlado via programas de computador, microchips, ou mecanicamente, por meio de botões e sensores de temperatura, de presença, de calor IV-Infravermelho, de toque, de som, etc.

São máquinas projetadas para ajudar a humanidade a realizar tarefas, poupando energia físicaEntre elas, o subir nas escadas pode ser facilitado por um elevador, útil para idosos e pessoas que não possam se locomover direito.
Em contrapartida, esteiras eletrônicas e bicicletas ergométricas ajudam as pessoas a se exercitar, tanto em academias esportivas quanto em dias de chuva, que possam impedir você de sair para fazer seus exercícios no parque. São robôs.

Um carro facilita demais para quem precisa fazer uma viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro; você já imaginou ir a pé? São quase 500 km. Pois é, um carro é um robô. Um trailer, ou casa que anda, também. 
Um avião, uma porta do shopping-center que se abre quando você se aproxima, pois ela tem um sensor de presença que percebe a sua aproximação.

Assim, tudo o que servir para ajudar você a viver mais confortavelmente é um robô, e a ciência que estuda como planejar e projetar estes robôs se chama Robótica.

1. Nas nossas aulas de Robótica do Fundamental I, realizamos construções ou montagens mecânicas simples, sem o uso de computador.
Robôs ou máquinas que possam se mover, com rodinhas feitas de tampas de garrafas PET, ou possam se mexer, com o uso de braços ou alavancas construídas também de garrafas PET, de iogurtes, de tubos de PVC, tubos de papelão de papel laminado, etc.
O objetivo destas aulas é proporcionar o primeiro contato com a arte e a mecânica envolvidas nestes projetos, entender para que servem as engrenagens, polias, alavancas, como se fixam peças com cola quente, etc.


2. Para os alunos do Fundamental II e Médio, as aulas se iniciam nos dois primeiros meses com instruções de programação, usando o software SCRATCH, plataforma de livre acesso, que tem como um dos principais objetivos fazer um personagem ou objeto 2D se locomover na tela do programa, assim como executar funções determinadas pelo usuário, como se locomover ao apertar a tecla de espaço, emitir som quando parar, dar a volta na tela em forma circular ou poligonal, tudo programado pelo aluno, via instruções em ícones dispostos sucessivamente. 

Portanto, nada de decorar funções descritivas de programação, mas usar a memorização por meio de figuras associadas às funções, e aprender o fundamental neste procedimento, que é a lógica de programação.

O efeito final é como um Desenho Animado, que pode durar 1 minuto, ou mesmo infinitamente, a critério do programador.

Nos meses sequenciais, inicia-se a programação na Plataforma ARDUINO-UNO, também de livre acesso ao programa ou software. Apenas o kit de peças, conhecido como hardware placa Arduíno modelo Uno é que deve ser adquirido pelo aluno.

Nesta parte do curso são dadas noções introdutórias e intermediárias de programação Arduino, sempre com o uso do computador da escola, do kit do aluno com a placa Arduino UNO e com o acompanhamento de uma apostila digital que resume as diversas programações, modelo e detalhes (o que são e para que servem) dos dispositivos eletrônicos usados no curso.

Neste nível intermediário se aplicam toda a programação ou os códigos aprendidos no uso da Placa Arduíno, conectada via cabo USB ao computador.

PROGRAMAÇÃO - INICIANDO COM O SOFTWARE  SCRATCH


PROGRAMAÇÃO COM A PLATAFORMA ARDUINO-UNO


Portanto, nas aulas de robótica serão estimuladas as habilidades de:

- observação, comparação e análise de possibilidades diversas, argumentação, criatividade, inovação, espírito de equipe, paciência e domínio temporal, facilidade de comunicação, inclusive na linguagem técnico-científica, solucionar problemas, capacidade de planejamento, organização, tomada de decisões, e a desenvoltura para trabalhos manuais em montagens mecânicas de maquetes e em montagens diminutas nas placas de circuitos eletrônicos (motherboard).

Nas aulas utilizamos a pedagogia construtivista, estimulando a autonomia, onde o aluno participa em cada momento da aula, vivenciando o seu aprendizado através do aprender-fazendo.