sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Voltando ao assunto do começo do ano... 50 anos de história

Por João Mendes de Almeida Jr - diretor

O que imaginavam os pais, alunos, professores e educadores das primeiras famílias que resolveram embarcar em um novo projeto de educação lá em meados dos anos 60? Com que futuro sonhavam? 

Por certo, além de um pouco de ficção científica, esperavam um mundo que já tivesse resolvido questões básicas para a humanidade. Fome, saúde, violência, guerras seriam, neste futuro imaginado, coisa do passado e seus filhos e netos usufruiriam de um mundo melhor. E a grande transformação se daria pela educação.

Ao escolherem uma escola que acabava de nascer em uma pequena garagem, sem dúvida compartilhavam o ideal pedagógico transformador que uma formação mais ampla, humanista e livre poderia propiciar a seus filhos, rompendo com o tradicionalismo vigente naqueles tempos.

No fundo, como agora, o grande desejo dos pais e professores é sempre que as crianças e jovens sejam felizes e que vivam uma vida plena.

É neste conceito de vida plena que nosso ideal de educação, construído ao longo de meio século, se entende e se diferencia. Vida plena é, sobretudo, estar preparado para fazer escolhas, para aprender sobre qualquer assunto, para mudar e se adaptar, para questionar, para ser capaz de apreciar o belo, para enxergar o mundo sem preconceitos, para encontrar prazer no trabalho e na convivência humana.

Ao longo destes 50 anos, a educação foi mudando, como tinha que ser mesmo, e filosofias e teorias educacionais foram passando a ter maior ou menor peso: Piaget, construtivismo, sócio-construtivismo, interacionismo, projetos e nossa escola foi absorvendo um pouco, ou muito, de cada uma destas propostas para criar um projeto pedagógico singular. 

Entendemos que a principal característica desta escola é, mesmo, este olhar para o futuro, para o futuro dos alunos e suas necessidades e não ter receio de mudar.  Outra característica da história da nossa escola é a constante preocupação em acolher todos os alunos e trazer para a equipe profissionais diferentes, diversos e complementares que compartilhem deste nosso Ideal pedagógico.

Gostamos muito de dizer que quem passa pelo Hugo Sarmento, seja aluno, professor e até mesmo os pais, recebem uma marca. Quem passou pelo Hugo tem um olhar, um espírito, um jeito diferente de ver as coisas. 

E a grande pergunta que nós, como educadores, nos fazemos é: por onde andarão nossos alunos, que vida estão levando, como estarão hoje, será que nosso trabalho rendeu frutos?

Para responder um pouquinho a esta questão retomamos o contato este ano com alguns ex-alunos para saber o que ficou na sua memória afetiva e como o Hugo influenciou suas vidas.
Trouxemos ex-alunos para nos contarem sobre suas vidas e sua trajetória. 


Ex - alunos dos anos 70


]Ex - alunos dos anos 90

Ao completar 50 anos recebemos o rótulo de “escola tradicional”. Com essa nossa efervescência e o desejo constante de mudança e olhar para futuro, este rótulo nos surpreende.  Entretanto, há uma tradição, uma essência e uma história que fundamentam e nos dão o reconhecimento como projeto único.

Embora a nossa escola não seja só Arte, a marca da “tradição” de nossa escola é a Arte, e muito mais do que isto, por que a Arte é o instrumento, a marca que se fixa em nossos alunos é a CRIATIVIDADE, e junto com ela, o SENSO ESTÉTICO e CRÍTICO que advém de se praticar quase que diariamente aqui na escola um olhar artístico.

A prova de que não somos só arte é a diversidade de profissões escolhidas por nossos alunos, que vão de Direito a Design de Games, de Engenharia a Publicidade, de Química a Artes Plásticas. O papel da escola é, neste campo, abrir horizontes e não estreitá-los. 

Não há como negar que nestes 50 anos aconteceram muitos avanços – mas ainda não temos espaçonaves nas ruas nem as tais questões básicas estão perto de serem universalizadas. 

Entretanto, gostamos de imaginar que com nosso trabalho contribuímos, naqueles tempos e agora, para que o sonho de um futuro melhor se torne cada vez mais realidade.  

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

As histórias em quadrinhos na escola

Por Patrícia Vasconcellos

Neste ano tive a oportunidade de retornar para a sala de aula e atuar diretamente com as crianças em processo de alfabetização. Foi um dos momentos mais significativos no meu percurso como educadora, pois pude acompanhar mais de perto o despertar para o mundo letrado. Sabia o quanto era importante desenvolver este trabalho de forma agradável e divertida, para que as crianças sentissem prazer em aprender e desenvolvessem o gosto pela leitura e pela escrita. 
Durante o ano, apresentamos muitas propostas significativas para o avanço no processo de alfabetização. Temos uma sequência didática para este momento do ano em que as crianças são convidadas a conhecer e a criar histórias em quadrinhos, sendo, assim, desafiadas a utilizar seus conhecimentos sobre a linguagem escrita em um contexto divertido e muito atraente.


A proposta da Biblioteca Circulante para os alunos foi diferente da apresentada nos trimestres anteriores, pois nos aprofundamos ainda mais nas reflexões e discussões a cerca de aspectos importantes da Literatura. Desta vez exploramos as obras de Eva Furnari, com o objetivo de conhecer mais sobre as relações entre o texto e a ilustração. Nas conversas em classe, os alunos descobriram que esta autora/ilustradora criou tirinhas e livros sem texto que dispensavam a palavra escrita; que ela também utilizava muito humor ao brincar com as palavras/imagens e que a sua principal personagem era a Bruxinha, com o seu traçado muito característico. Assim, as crianças foram se apropriando do estilo da autora. Fizemos muitas observações e discussões sobre os seus livros e os comparamos aos de outros autores/ilustradores. Nestes momentos, fizemos muitas discussões e comparações de livros que têm escrita e de livros só com imagens e como os indicaríamos aos amigos sem antecipar muito a história.

 

Ao mesmo tempo, apresentamos às crianças a biografia e a obra de Maurício de Sousa e as peculiaridades da linguagem dos quadrinhos (uso de diálogos, onomatopeias). Foram conhecendo este autor, que também trata da imagem e do texto de forma complementar. 

 

Organizamos uma pequena Gibiteca na classe que contribuiu para aproximar ainda mais o grupo da leitura, despertando e sensibilizando o olhar para os detalhes, as imagens e a fala dos personagens. Em muitos momentos, víamos as crianças organizadas em grupinhos para a leitura dos gibis. Estavam sempre com os olhos atentos e concentrados, rindo e se emocionando ao ler, fazendo os sons: Cabum, Socoooorro!... Identificavam-se com algo que já tinham visto ou vivenciado e até, muitas vezes, com o projeto estudado: “Olha, esse quadrinho tem os planetas e o sol”; “Essa história tem um ET”.; “Hoje eu trouxe um gibi sobre o universo e eu queria mostrar na roda!”.


Propusemos às crianças a criação de um personagem, um ET. Cada um deveria pensar em suas características, desenhá-lo, escolher um nome para ele e criar uma situação interessante. Nossa ideia era a de unir esta linguagem ao tema do Universo. 


Muitas atividades foram propostas para que as crianças se apropriassem das características deste tipo de texto e para que pudessem construir, com originalidade, as suas próprias tirinhas. 


E assim, com o resultado deste trabalho, estamos preparando uma revista de tirinhas, dos autores e ilustradores do 1º ano, que será compartilhada com os familiares e amigos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

E está chegando um novo ciclo: a passagem do Fund I para o Fund II

Por Lia Granado

“Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras, planta roseiras e faz doces. Recomeça”
Cora Coralina

Inicio este texto com um trecho de um poema de Cora, poetisa tão cara para o meu 5°ano, um poema que fala sobre o caminhar da vida. Podia ter começado com uma citação de algum importante pedagogo, mas não, prefiro Cora e suas coralices.

Semana passada os alunos do 5° participaram de uma vivência. Todos foram convidados a vir de manhã para conhecer o funcionamento do novo ciclo, o Ensino Fundamental II. Foram recebidos carinhosamente pela Siça (tutora do 6° ano) e pelos alunos do 6° ano.

Começamos com uma dinâmica para quebrar o gelo, mas, antes de começar, voltaremos ao dia anterior. A ansiedade era tanta que os alunos só falavam disso, foi difícil envolvê-los em qualquer outro assunto! Queriam saber tudo e, principalmente, viver a experiência. Tinham muitas perguntas, ansiedades e alguns medos também.

Bem, fizemos a dinâmica e aos poucos os alunos foram se integrando. Compartilharam a árdua tarefa para uns de acordar cedo e, principalmente, de dormir cedo. Conversamos sobre a importância de acostumar o nosso ritmo biológico aos novos horários.

O professor Ronaldo, de Educação Física, propôs aos alunos do 5° e do 6° anos atividades de integração, jogos cooperativos e de competição. A alegria deles estava estampada em seus rostos! O medo aos poucos foi indo embora. Nada como o esporte e o brincar para unir e aproximar as pessoas.



Depois, os alunos do 6° ano, que haviam preparado uma apresentação, responderam às perguntas realizadas anteriormente pelo 5° ano. Deram dicas de quais seriam as maiores dificuldades e como poderiam remover essas “pedras” mais facilmente.


A professora Adriana, de Geografia, deu uma aula em que contou como começou sua paixão por esta área do conhecimento e de como seria a separação das Ciências Sociais em duas áreas: História e Geografia. Os alunos ficaram encantados e não queriam que ela fosse embora.


Para finalizar, discutimos sobre o que é ser um grupo e como as mudanças individuais e coletivas, quando acontecem, repercutem no grupo. Como não poderíamos deixar a Arte de lado... Os alunos receberam telas e, com elas, montamos uma telona. Cada um poderia desenhar o que quisesse, mas o seu desenho precisava se conectar com o desenho dos que estavam à sua volta. Pintaremos a tela esta semana e no primeiro dia do 6° ano cada aluno trará sua tela e a telona será montada novamente. 

A manhã foi bastante especial para cada um; percebemos que aquela ansiedade e aquele medo que eles estavam sentindo foi ao pouco se dissipando. Esta era a nossa intenção, que, de maneira carinhosa e gostosa cada um pudesse ir removendo as pedras e plantando suas roseiras.

Depoimentos dos alunos do 6º ano, após receberem os alunos do 5º ano:

Achei legal mostrar para os alunos do 5°ano o que aconteceu com a gente e como podem ser melhores. Conseguimos mostrar para eles como ter uma postura de 6º ano e como podem se organizar no começo de cada aula. No 1º trimestre fui muito desorganizada e até o 5°ano me considerava organizada. No início pode ser um pouco difícil para se adaptar, meus pais me deram dicas, mas eu achei o meu próprio jeito de me organizar.

Ah! No começo a gente se sente mais constrangido porque no 5°ano somos os maiores e no 6º ano somos os menores.

Marina Dogo de Resende Conzo


Achei muito legal saber que a gente sabe uma coisa a mais e pode contribuir para que eles se deem bem no ano que vem. Também já os conhecíamos durante os anos anteriores e isso facilitou a integração.

Maria Eduarda Lázaro Pinheiro de Lima

Foi uma experiência diferente explicar aos alunos o que vivemos, pois não tinha muito contato com eles. Tive uma sensação diferente, uma mistura de animação e curiosidade ao mesmo tempo.

Victor Takatu

Eu achei bem legal, gostei de conversar com eles, de cooperar em algumas aulas. Consegui ver a personalidade e os gostos de cada um. Tive uma experiência que nunca passei antes.
Eduardo Domingues Destro

Achei normal, porque já conhecia a maioria deles, muitos deles já eram meus amigos. Eu sinto que ajudei o 5°ano a se acostumar com a aula de manhã.

Lorenzo Passarelli Junqueira


Ano que vem sabemos que eles sentirão algumas dificuldades, e que, para muitos, se organizarem com vários professores será um desafio. Não ser mais o mais velho, e sim o mais novo do segmento, será impactante. Eles terão que se recriar, mas a vida é assim, um eterno recriar-se! Esperamos que essa vivência contribua para este novo momento da vida de cada um. Aos meus queridos alunos, um bom recomeço, bem doce como os de Cora!!! 

Já estou com saudades!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Cuidando da passagem: a transição do 9º ano para o Ensino Médio

Por Pedro Mancini - Tutor do Ensino Médio e Professor de Tutoria do 9º ano do Ensino Fundamental


Na vida juvenil de um estudante brasileiro, cheia de importantes períodos de transição, a passagem do 9º ano para o Ensino Médio é, sem dúvida, um dos mais marcantes. Nessa fase, que coincide com a consolidação da adolescência, o aluno lida com grandes expectativas sobre o que virá em seu novo momento escolar: novas disciplinas, novo nível de cobranças e exigências, e um afloramento da autonomia (e da demanda por responsabilidade) e das relações sociais. No momento presente, em que a própria natureza do Ensino Médio é debatida pelo governo, e em que se constroem expectativas de grandes alterações nesse ciclo de ensino, ainda mais dúvidas e incertezas podem surgir. É comum, e perfeitamente normal, que o jovem se sinta aflito com essas expectativas, apresentando maiores inseguranças e variações de humor – afinal, são muitas mudanças para lidar em muito pouco tempo!

Nós mesmos da equipe do colégio temos nos debruçado sobre as mudanças propostas pelo governo para o Ensino Médio, participando de cursos, seminários e debatendo internamente o impacto destas medidas. Além das adequações de conteúdos e da Base Curricular Nacional, as mudanças propõem maior adequação às características, desejos e expectativas de cada escola e dos jovens. 


Nesse sentido, o papel da escola é fundamental para determinar o grau de dificuldade dessa transição. Dependendo como atue, a instituição pode aumentar ou reduzir as angústias dos jovens, tornando o processo mais ou menos traumático. Pensando nisso, nós adotamos uma estratégia especial para lidar com suas aflições: preparamos um trabalho de tutoria específico com os alunos do 9º ano, de modo a prepará-los – objetiva e subjetivamente – aos desafios que enfrentarão no Ensino Médio.

Com a flexibilização pretendida, o papel da orientação ou da tutoria toma, assim, maior importância, ajudando os adolescentes a traçar suas trajetórias e fazer suas escolhas pessoais de formação, estudo e interesses. 

Sendo tutor do Ensino Médio, assim como professor de duas disciplinas desse ciclo, fui escolhido para conduzir essa transição. No segundo semestre de 2016, encontrei-me com o grupo uma vez por semana para esclarecer dúvidas a respeito da mudança e seus significados, apresentar questões específicas sobre o novo momento escolar e mediar momentos de sociabilidade interclasses, facilitando a interação com alunos que já estão se formando – e que podem, com seus próprios pontos de vista juvenis, tranquilizar as mentes dos jovens alunos do final do Ensino Fundamental quanto à próxima fase de suas vidas.

Antes de iniciar, pedi aos alunos da 3ª série do Ensino Médio que redigissem cartas de cunho informativo, mas com deliciosos temperos afetivos, contando sobre sua própria experiência com esse ciclo: os problemas que enfrentaram, suas angústias, seus prazeres e, enfim, suas transformações – especialmente no que tange à aquisição de responsabilidades e o estabelecimento de metas e objetivos de vida mais claros. Abaixo, apresentamos duas dessas correspondências, devidamente entregues e discutidas junto aos alunos do 9º ano.

Tendo provocado os corações de todos com depoimentos dos alunos mais velhos da escola, ficou ao tutor a responsabilidade de transmitir maiores detalhes sobre a nova etapa: o que deles será esperado pela escola e pelo corpo de professores, como se organizam as novas disciplinas, em que consiste o próprio trabalho de tutoria do Ensino Médio, entre outros. 

As aulas de tutoria do 2º semestre não se limitaram, contudo, a considerações propriamente escolares: falamos sobre a importância da tolerância e do diálogo no dia a dia, com debates a partir de vídeos (como o singelo Empatia e Simpatia e um comovente depoimento da escritora nigeriana Chimamanda Adichie ao TED sobre os perigos de uma “história única”), discutimos sobre ansiedade na adolescência e organizamos intervalos musicais e de talentos variados, de modo a estimular-lhes a capacidade de organização autônoma e trabalho em grupo. 

Por fim, garantimos produtivas aulas sobre respeito à diversidade sexual e sobre a importância do combate ao machismo em uma nova parceria com alunos da 3ª série: os mesmos, seguindo orientações divulgadas por uma campanha das Nações Unidas, apresentaram diferenças importantes entre os conceitos de sexo, gênero e sexualidade, debateram a relação entre gênero e poder e auxiliaram diretamente os alunos do 9º ano na elaboração de vídeos elucidativos sobre a relevância do combate ao machismo (ainda em processo de edição e acabamento).

Daremos continuidade no próximo ano, com apoio aos alunos no dia a dia e o desejo de propiciar novos debates e discussões mais complexas buscando torná-los pessoas conscientes, críticas e éticas. 

Foi um semestre, sem dúvida alguma, bastante rico para nossos alunos em final de ciclo: enquanto os jovens da 3ª série do Ensino Médio, já bastante preocupados com vestibulares e a chegada da vida adulta, deleitaram-se com a responsabilidade de informar e “passar o bastão” aos seus colegas do 9º ano do Ensino Fundamental, estes últimos tiveram a oportunidade de olhar o “monstro” do Ensino Médio (com suas 14 “cabeças” representadas pelas diferentes disciplinas) de perto, sob uma nova perspectiva, de modo a desconstruí-lo enquanto “assombração” a ser temida. 

Apesar das inevitáveis tensões inerentes a toda transição, no fundo aprendemos que se trata apenas disso: mais uma transição, com seus sabores e dissabores, como tantas outras que virão, sem tardar a partir – deixando marcas indeléveis nos corações. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

ENEM: algumas considerações e dicas para o dia da prova

Por Pedro Mancini e Daniel Catalani
Colaboração da nutricionista Deborah Coelho Takeda Catalani

O Colégio Hugo Sarmento é conhecido por se preocupar com uma formação mais ampla e humanista do sujeito – e não apenas com uma preparação instrumental para o mercado de trabalho. O estímulo à expressão artística, ao senso crítico e à argumentação, assim como outras habilidades imprescindíveis para uma formação cidadã, são parte inexorável de nossa proposta de trabalho e de nossa história institucional. 

Os dados mostram que essa abordagem não se traduz, contudo, em falta de eficiência no preparo para uma avaliação tão abrangente quanto o ENEM – que pode servir como porta de entrada para as universidades que nossos jovens cursarão a fim de seguir seus próprios caminhos pessoais e profissionais. Pelo contrário, acreditamos que a formação de indivíduos autônomos, capazes de pensar de modo amplo e criativo, tem como um de seus efeitos benéficos um melhor engajamento com formas de avaliação focadas na resolução de problemas – para além da mera reprodução mecânica de conteúdos escolares.

É claro que o ENEM passou por mudanças importantes desde seu início, tornando-se mais “conteudista” e parecido com os vestibulares mais tradicionais; mesmo assim, ainda possui muito de sua essência original, demandando dos candidatos capacidade de interpretação, raciocínio lógico, e inúmeras habilidades cognitivas (as provas avaliavam, até 2008, um total de 21 habilidades) – evitando, ainda, a fragmentação do conteúdo escolar por questões delimitadas por disciplinas (as questões ainda possuem um forte componente interdisciplinar). 

Ademais, vale indicar a tendência por uma nova mudança a partir de 2017, em um processo de resgate mais substantivo das intenções iniciais do exame, originalmente construído para qualificar o Ensino Médio e estimular as competências cognitivas dos candidatos. Maria Inês Fini, uma das responsáveis pela criação da prova nos fins dos anos 90, assumiu recentemente a Presidência do INEP e já revelou seus esforços nessa direção, visando reduzir novamente o tempo de aplicação para um dia e inviabilizando o uso dos resultados para ranqueamento de escolas – entre outras possíveis mudanças ainda não especificadas no formato da prova. Mais uma vez, as preocupações se voltam para um exame menos conteudista e mais focado na reflexão para a resolução de problemas. Essa abordagem dialoga, sem dúvida, com escolas mais direcionadas à aquisição de competências humanas, cujas preocupações não se esgotam na mera aquisição de conteúdos disciplinares específicos. 

Enquanto essas mudanças não acontecem, e considerando que a edição de 2016 ocorrerá já entre os dias 05 e 06 próximos, fica aqui a confiança de que realizamos, mais uma vez, nosso trabalho ao estimular o raciocínio, a lógica e a criatividade em nossos jovens e que um dos resultados óbvios dessa abordagem só pode ser um desempenho louvável. 

A equipe do Colégio aproveita esse espaço, também, para passar importantes dicas adicionais de cuidados pessoais como a qualidade do sono e da alimentação para esse dia tão importante para nossos estudantes – afinal, não basta apenas estudar os conteúdos e deixar o raciocínio e o senso crítico em ordem, como conferir importância também a estes aspectos para se realizar uma boa prova. 

Segundo a nutricionista Deborah Takeda, é importante o fracionamento das refeições ao longo do dia, que devem ser realizadas mais ou menos a cada três horas. O tempo prolongado de jejum pode resultar no quadro de hipoglicemia (baixa da taxa de glicose no sangue), provocando tontura, dor de cabeça, queda da pressão, fraqueza e sonolência, além de dificuldade de concentração, algo necessário e primordial para uma prova como o Enem.

Seguem abaixo algumas sugestões de cardápio para este dia:

CAFÉ DA MANHÃ

1 porção de fruta (mamão, banana, maçã ou pera)
• 1 xícara de café com leite (com leite semi-desnatado) ou iogurte com baixo teor de   gordura
• 2 fatias de pão integral ou uma porção de cereal integral
• Queijo branco e geleia

ALMOÇO E JANTAR

1 porção de salada (alface, tomate, cenoura e beterraba)
• Uma porção de arroz integral ou macarrão integral com molho vermelho (alimentos    integrais prolongam a saciedade)
• 1 porção de peixe ou frango grelhado ou carne assada (mas nada de frituras)
• 1 porção de legumes cozido (brócolis, vagem, cenoura)
• 1 fruta de sobremesa (abacaxi, uva ou laranja)

Evite alimentos muito gordurosos: eles retardam o esvaziamento gástrico e dão sono. Evite também alimentos com muito sal, como batata frita. Eles só irão aumentar a sua sede e causar desconforto durante a prova.

Deborah ainda alerta para não se esquecerem de levar alimentos que forneçam energia para serem consumidos durante a prova, como frutas, água (em vez de suco e refrigerante), chocolate 70% cacau (um estimulante poderoso), barrinha de cereal ou até mesmo um lanche natural (faça-o com pão integral e coloque salada, como alface, tomate e cenoura; também é possível acrescentar frango ou carne desfiada).

Durante a prova, evite alimentos laxativos, que estimulem o trânsito intestinal. Os mais comuns são mamão, leite, ameixa, uva e iogurtes. Opte, ao invés disso, pelos opostos: maçã, banana maçã, limão, batata. De maneira alguma ingira álcool, pois ele retém líquido, altera o sistema nervoso central e causa desidratação, levando o aluno a pensar menos.

Não esqueça também de descansar, dormindo bastante durante a noite para evitar cansaço durante as provas. No domingo, repita o procedimento do sábado e, com certeza, você realizará uma ótima prova.

Por fim, vale lembrar da importância de organizar o material antes da prova, garantindo a presença de caneta preta, um documento original com foto e, ainda, um lanche e uma garrafinha de água para garantir “aquela” energia por todo o tempo do exame!

Um excelente exame para nossos alunos!

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Avaliação Final – A hora é agora

O final do ano letivo se aproxima e esta é a hora de mobilização de alunos e pais para enfrentar as avaliações finais. Pode parecer que ainda é cedo, mas não é. Muitos alunos ficam preocupados com o desempenho que podem apresentar, enquanto outros sentem um prazer enorme em mostrar suas conquistas e há ainda aqueles que sofrem por terem apresentado um baixo rendimento.

São inúmeras as situações que envolvem o encerramento do ano, mas os pais devem estar sempre atentos para que seus filhos continuem se dedicando aos estudos. Para os alunos que necessitam da parceria e ajuda dos pais para concluir o ano com sucesso, as orientações a seguir ajudam muito.


Mesmo antes de o calendário de provas ser divulgado, é hora de o aluno analisar a sua situação em cada matéria, os conteúdos que precisam de mais atenção, de pedir ajuda ao professor no que for necessário, enfim, de tomar consciência do que aprendeu ou deixou de aprender durante o ano. É hora de muita dedicação por parte dos alunos: ler os livros pedidos, caprichar na realização das lições e entregas dos trabalhos, procurar esclarecer suas dúvidas e se preparar para as provas.


É hora também de os pais procurarem se inteirar da situação real dos filhos, de dar abertura para que eles coloquem suas dificuldades, de se prontificarem para ajudar e de fazer com que sintam que têm o apoio de que precisam da família. Não é hora de viajar no final de semana se na segunda-feira o filho terá uma prova difícil!  E não adianta colocar um professor particular esperando que ele possa recuperar os conteúdos uma semana antes da prova! 

O que auxilia muito o aluno nesta época é organizar uma rotina de estudos já para a avaliação do terceiro trimestre, que se inicia agora, na segunda semana de novembro, para os alunos do ensino fundamental 2 e do ensino médio. Os professores tutores, além das orientações de estudos dadas em classe, dão um atendimento individualizado aos alunos que têm maior dificuldade para se organizar para estudar. Os orientadores e tutores do colégio também estão à disposição dos pais para auxiliá-los neste importante momento da vida dos seus filhos.

 

Agora é a hora de conversar, orientar, trocar experiências, mais ouvir do que falar, cobrar com paciência, ajudar a não dispersar, estimular, apoiar. Desta forma as crianças e adolescentes se sentirão confiantes para superar mais uma etapa de sua vida escolar. 

No site “Educar para Crescer”, do Grupo Abril, recomendamos a realização de um teste “Seu filho está estudando direito para as provas?”, para avaliar se seu filho encontra em casa um ambiente adequado para se preparar para as avaliações, e também a leitura das “15 dicas para ajudar seu filho a enfrentar as provas da escola”, antes, durante e depois das provas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A aula essencial

por Theodora M. Mendes de Almeida


Fernando José de Almeida foi meu professor de Didática na Faculdade de Pedagogia da PUC, no início dos anos 90. Desde então, minha ideia sobre como deveria ser um grande professor está relacionada às minhas memórias de suas aulas.

Culto, inteligente, engraçado e afetivo são algumas de suas qualidades que me marcaram como aluna e como pessoa e que ajudaram a pensar sobre uma referência de atuação dos professores em sala de aula.

Como diretora pedagógica, meu principal foco de trabalho tem sido a formação dos professores. Tenho me empenhado em ajudá-los a melhorar, cada vez mais, a sua atuação.


Para a abertura do nosso VII Simpósio, evento interno da equipe pedagógica de todos os segmentos, que tem o objetivo de trazer mais reflexões e informações a respeito da prática educativa em nossa escola e em outras instituições, relacionando a tradição ao tempo atual, convidei o professor Fernando. 

O tema AULA ESSENCIAL foi proposto por ele em várias conferências que realizou pelo Brasil com inúmeros professores da rede pública e privada: https://www.youtube.com/watch?v=uYDOR6dN71E. Achei que seria muito apropriado trazer suas reflexões para o momento que vivemos, de revisão de nossas práticas, vividas nestes 50 anos de nossa história.


O professor começou falando sobre um primeiro critério para a realização de uma aula que é o afeto. Segundo ele, o fato de o professor gostar dos alunos é um grande fator motivador para que prepare uma aula.

A escolha cuidadosa dos conteúdos (alicerces, combustível) garantem a manutenção da natural curiosidade do aluno “ Todo mundo quer aprender”. 

Causar o espanto, o encantamento durante a aula é parte da autoria do trabalho do professor. Daí vem a autoridade, o repeito e admiração do aluno pelo professor.

Ele nos disse que embora a versão atual da aula tenha como modelo a prática do séc. XVIII, a verdade é que este modelo só sobreviveu até hoje porque tem, sim, uma eficiência. Na verdade, para ele, esta ideia de que o professor é o facilitador da aprendizagem é equivocada. Para ele o professor deve ser mais um “complicador”, no sentido de instigar o aluno para querer saber mais e melhor.

Há, portanto, uma exigência grande e esforço por parte do professor para conduzir o processo de aprendizagem do aluno. No entanto, como um processo orgânico, a assimilação é interna e individual. Passa não apenas pela vontade de aprender, mas também pela de se empenhar para a elaboração do que aprendeu. Há momentos coletivos, há treinamento de uso de instrumentos, há a necessidade de acionar a criatividade e a disciplina.


Todas estas contribuições, com certeza, ajudaram aos nossos professores a refletir sobre sua atuação em sala de aula. Na segunda parte do nosso Simpósio, a ideia é apresentar situações práticas para juntos refletirmos sobre os encaminhamentos mais interessantes para os professores e, principalmente, para os alunos. Todos nos enriqueceremos com isto.

De minha parte, foi um prazer enorme reviver uma aula essencial com o inesquecível professor Fernando, a quem agradecerei eternamente.


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Arte que dá sentido a tudo

por Theodora Maria Mendes de Almeida e Tania Vasone

Nos últimos textos de nosso blog “Manifestação Cultural”, “ Estudo do meio como metodologia para leitura afetiva de uma determinada realidade”, “Adentrando no universo da poesia”, “ Pontos de vista de duas professoras de História”, “ Expedição Centro-Oeste: explorando o Pantanal e o Cerrado brasileiro nas aulas de Ciências”,  procuramos relatar como cada turma, cada professor, cada área de conhecimento em cada segmento contribuiu para a construção do projeto coletivo  Viagem ao Centro do Brasil.

Ouvir, falar, ler e escrever foram habilidades muito estimuladas em todas as aulas. Comparar, listar, organizar e refletir também. 

Brasileiros aprendendo sobre o Brasil, pensando sobre como nos vemos, sobre como os estrangeiros nos veem e sobre como queremos ser vistos. A História, a Geografia, as Ciências, as Línguas Portuguesa, Inglesa e Espanhola foram enriquecendo as descobertas, ampliando o patrimônio cultural de cada um.

Agora chegou a vez da Arte. Arte que costura tudo, que une, que entrelaça com lã, linha, barbante, fita e corda. Que traz as cores, os sons, os aromas e aprimora todos os sentidos. Inspirados pelas obras de vários artistas e utilizando inúmeras técnicas e materiais, fomos dando forma aos conhecimentos que vinham aos poucos compondo a compreensão de todos sobre um mesmo tema. Arte que dá sentido a tudo.


Dedicados ao fazer artístico, reaproveitamos materiais para dar forma às miudezas de Manoel de Barros, às texturas das plantas e dos animais, aprendemos sobre a técnica dos índios para recriar peças de argila, pensamos e refletimos sobre nossos sentimentos para criar trabalhos de opinião, passeamos pelas linhas livres de Niemeyer e as retas e curvas da geometria traçadas com réguas e compassos, elaboramos monumentos em esculturas de arame e madeira, criamos maquetes com movimento da Física e até desobjetos retirados dos poemas.


A música esteve presente na moda da viola construída e tocada para acompanhar a poesia do Poeta e dos aprendizes. Dançamos, recitamos, cantamos no ritmo da criação.


A pintura, a colagem, o desenho foram compondo murais, painéis, cartazes. Nestes momentos de trabalho coletivo, valorizamos a participação de todos ao mesmo tempo e identificamos o protagonismo de alguns alunos que atuaram de modo diferente do dia a dia. Tem aquele que domina a tecnologia e contribui para a organização das pesquisas, aquele que já sabe editar um vídeo e recolhe o material coletado por todos, aquele que se expressa com facilidade e faz as entrevistas e ainda aquele que desenha com detalhes e traça o painel que é pintado por todos. 

Quando estamos juntos neste fazer criativo, as rotinas do cotidiano são transformadas, em harmonia, em criação, cada um a fazer e experimentar novas possibilidades de expressão, a conquista pessoal, a satisfação de ver seu trabalho realizado se estampa na face de nossos alunos, todos querem mostrar seus trabalhos e fazê-los da melhor maneira possível. Ao final, sempre ouvimos a avaliação de como foi bom fazer e de como se sentem plenos de satisfação por suas realizações.


Como parte de nossas comemorações de 50 anos, convidamos a todos a observar e apreciar o resultado deste trabalho em equipe, de alunos e professores, colegas cooperativos e orgulhosos do resultado de seu empenho e dedicação.


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Estudo do Meio como metodologia para leitura afetiva de uma determinada realidade

Por Adriana Gallão

“Hum, esse perfume me lembra da viagem de estudos!” comentou uma aluna do 9º ano.
Quem não se lembra de uma viagem de estudos, uma excursão, um passeio pedagógico ou qualquer outro nome que se dê ao bom e conhecido Estudo do Meio? Com certeza são muito marcantes as lembranças que mantemos de nosso tempo de escola!
Esse modo de aprender, vivendo e experimentando o conhecimento, faz toda a diferença. É um dos momentos perfeitos para relacionar os saberes da sala de aula aos seus significados concretos e passar a fazer sentido para o estudante.

Segundo Schot (1) , “o estudo do meio (aula-campo) permite ao aluno ver de perto, na escala real, na observação direta, e perceber, por meio da paisagem e do lugar, como acontece o espaço.” [...] “trata-se de um jeito diferente e bem mais eficiente de estudar; envolve o incentivo à investigação; a utilização de recursos diferentes e mais motivadores do que o livro didático”. 

Acreditamos que o estudo do meio tem seu valor na apropriação dos sentidos de forma ampla e natural, quando o sentir, o enxergar e o ouvir tornam-se relevantes e, assim, consequentemente, se transforma o ensino no meio onde quer que se esteja. Ou seja, o incentivo à utilização dos sentidos é o que torna esse estudo de campo mais interessante, pois, com essa situação, outros valores serão dados a esta prática.

[...] sem pré-julgamentos ou preconceitos: liberar o olhar, o cheirar, o ouvir, o tatear, o degustar. Enfim, liberar o sentir mecanizado pela vida em sociedade, para a leitura afetiva que se realiza em dois movimentos contrários – negar a alienação, o esquema, a rotina, o sistema, o preconceito – e afirmar o afeto da comunidade e da personalidade (PONTUSCHKA (2) , 2006, p. 12).

A realização dos Estudos do Meio, em todos os níveis de ensino, mas particularmente na educação básica, torna mais significativo o processo ensino-aprendizagem e proporciona o desenvolvimento de um olhar crítico e investigativo sobre a aparente naturalidade do viver social.

Esta atividade pedagógica se concretiza pela imersão orientada na complexidade de um determinado espaço geográfico, do estabelecimento de um diálogo com o mundo, com o intuito de verificar e de produzir novos conhecimentos.

Com esse objetivo mergulhamos em uma vivência prática para conhecermos as propostas da Permacultura, com especial destaque ao projeto de Sistema Agroflorestal (SAF) como alternativa ao modo convencional da produção agrícola na Região Centro-Oeste do Brasil.

Em nossas aulas magnas conversamos sobre os impactos ambientais nos biomas do Cerrado e Pantanal e percebemos que os principais geradores da maior parte desses problemas são as técnicas agrícolas empregadas nas regiões causando desmatamentos, uso intenso de fertilizantes químicos e agrotóxicos em monoculturas para exportação.

Como forma de restabelecer e recuperar o equilíbrio do solo, do clima, da vegetação, dos rios e aquíferos do centro-oeste, estudamos projetos e técnicas utilizadas em diversos estados do Brasil, baseados nos princípios da Permacultura como o Projeto IPOEMA (http://www.ipoema.org.br/) e a Agenda Götsch (http://agendagotsch.com/) com suas iniciativas em Goiás.

Para conhecermos esses sistemas e técnicas de perto e na prática, visitamos, com as turmas dos 6º ao 9º ano do Fundamental 2, o Sítio Olho D’água (http://www.sitioolhodagua.net/site/) e, com os alunos do Ensino Médio, da 1ª à 3ª série, a Fazenda Atalanta (http://www.fazendaatalanta.com/).  Em ambos os lugares, os alunos vivenciaram o manejo e a implantação de uma agrofloresta. Cada um teve a oportunidade de semear, aprender como proteger os solos, como organizar a plantação dentro de um sistema agroflorestal, além de experimentar novos sabores do centro-oeste, aprender a fazer uso de raízes e plantas da região, comparar dois biomas, a Mata Atlântica e o Cerrado, e entrar em contato com técnicas sustentáveis de se viver.

Além de todas as atividades, os alunos dos 8º e 9º anos entrevistaram os moradores e monitores do sítio para entender as motivações daquelas pessoas em viver uma nova realidade, tão diferente do nosso cotidiano urbano.




Para registrar e organizar todos esses novos saberes e conhecimentos, os alunos receberam um caderno de campo que foi preenchido in loco. 

O caderno de campo é uma ferramenta que registra o espírito investigativo e crítico. Trata-se de uma feliz oportunidade de desenvolver, nos alunos, hábitos e procedimentos de pesquisa, tais como: a observação orientada, o registro de dados e informações mais sistematizados e, até mesmo, de suas impressões mais pessoais sobre a realidade. Além de anotações, esquemas, croquis e desenhos, no caderno de campo, os alunos foram motivados a utilizar o celular como um aliado do estudo, para fotografar, gravar vídeos e as entrevistas.

 

De volta e com todas as informações coletadas, continuamos nossos estudos comparando e completando as anotações das atividades, escrevendo relatórios e trocando fotos e impressões sobre o estudo do meio.

Agora que já sabemos e conhecemos o assunto, estamos em plena produção dos trabalhos para a exposição desse ano, que será nosso maior desafio: apresentar os resultados de nossos estudos por meio da linguagem artística. 

Esperamos vocês para conferir!

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(1) - SCHOT, A. P. ET AL. O estudo do meio ambiente – ir ver o que não se aprende nos livros. Revista Práticas de Geografia, Rio de Janeiro, v.1, n.1, 2004. 

(2) - PONTUSCHKA, N. N. Estudo do meio e ação pedagógica. IN: ENCONTRO NACIONAL DE
GEÓGRAFOS, 14., 2006, Rio Branco, AC. Anais ... Rio Branco, AC, 2006.