quinta-feira, 29 de junho de 2017

Adoramos Museus!

Professoras do Fund 1, Fund 2 e Ensino Médio

Nas últimas semanas, preparamos para os alunos do Fund 1, Fund 2 e Ensino Médio saídas pedagógicas incríveis! Todos foram a Museus especialmente escolhidos para complementar seus estudos e pesquisas previstas nos projetos. Nossa cidade é repleta de museus maravilhosos e cada um deles tem muito o que nos ensinar.

“Você acha que museu é um lugar chato, cheio de coisas velhas e sem graça? Pois se prepare para mudar de opinião. Os museus estão cheios de surpresas!”  Maísa Zakzuk 


E é isto o que a autora do livro MEU MUSEU nos apresenta em sua história sobre as descobertas de uma criança em um museu. E nós concordamos com ela!

Os alunos do 1º ano visitaram o MASP

Para as crianças pequenas, a visita ao museu é bastante desafiadora. Oferecemos a elas a oportunidade de conhecer o MASP, com seu acervo fundamental para a construção dos conhecimentos sobre o patrimônio artístico da humanidade.

Neste projeto – “Quem sou eu, quem somos nós” – nosso fio condutor foi conhecer a origem de cada família e, em seguida, enfatizar o que torna cada uma das crianças únicas também em suas características físicas e emocionais. Um dos recursos utilizados foi buscar na Arte a forma e a técnica usadas por diversos artistas para representar a figura humana em suas obras, quando realizaram seus retratos e autorretratos. 

Na escola já havíamos pesquisado sobre Van Gogh, Renoir, Modigliani e Leonardo da Vinci, que foram nossas primeiras inspirações. Desta forma o grupo foi sendo repertoriado para que a visita fosse ainda mais proveitosa. Sabíamos que no MASP as crianças poderiam observar algumas obras destes artistas. 


Quando lá chegamos, todos se maravilharam quando estiveram frente ao quadro “Rosa e Azul” de Renoir e apreciaram a técnica do artista. Também tiveram grande interesse pelas obras de Modigliani e seu estilo diferente, e reconheceram algumas delas que já haviam servido de inspiração para suas pinturas na escola. 


Observaram a obra “O Carteiro” de Van Gogh e compararam à técnica de Monet, ao verem a obra “Ponte Japonesa”. O tamanho e a perfeição das esculturas de Degas e Brecheret chamaram a atenção, principalmente quando souberam com qual material foram feitas. 


Assim, saímos todos enriquecidos de conhecimento e imagens impactantes.

Professora Patrícia Vasconcellos


Os alunos do 2º ano visitaram o “Pateo do Collégio”

No 2º ano, a visita ao museu do Pateo do Collégio está inserida no projeto São Paulo – ontem e hoje. Ao pensarmos como são formados os bairros de nossa cidade, surge naturalmente a curiosidade por saber como ela nasceu. Para começar a responder a essa curiosidade, lemos o livro “São Paulo, de colina a cidade”, que conta a história dos portugueses chegando ao planalto de São Paulo, onde fundaram, junto aos jesuítas, o nosso primeiro colégio.

Isso bastou para que a visita ao museu fosse a escolha e o momento perfeitos para consolidar e ampliar o conhecimento dos alunos. Lá puderam perceber, admirar, apreciar, discutir e “tornar real” o que viram em textos e imagens na sala de aula. Os alunos apreciaram com um olhar mais profundo e atento as transformações do Pateo do Collégio no decorrer do tempo. Ao escutarem a explicação da monitora sobre o nome dos rios, muitos foram os comentários: “Já sabemos que rio Piratininga significa peixe seco porque o rio transbordava e os peixes ficavam do lado de fora”

A visita ao museu “transborda” conhecimentos... “Olha, que legal ver a primeira parede construída em São Paulo!”.



Professora Gaby Vignati


Os alunos do 3º ano visitaram o Memorial da América Latina

A visita ao museu é, sem dúvida, o momento auge do projeto sobre Os Habitantes das Américas, onde conversam entre si a História e a Arte, ampliando o repertório e o conhecimento individual e do grupo. A saída da escola sempre gera bastante expectativa para o grupo e, desta vez, o 3º ano foi visitar o Memorial da América Latina.

Chegamos ao museu e logo as crianças se depararam com a grandiosidade do lugar (de grande, mesmo!). Durante estas visitas é sempre bom contarmos com imprevistos (por mais planejada que a saída seja). Desta vez, a “Sala dos Atos” estava fechada e não pudemos visitá-la... No entanto, aproveitamos para ir até a biblioteca visitar uma mostra com moedas de todos os países da América Latina, além de uma coleção de todas as moedas já impressas pelo Brasil. Ficaram encantados!

Em seguida fomos ao “Pavilhão da Criatividade”. Logo na entrada, algumas esculturas feitas em madeira chamaram a atenção do grupo. Havia um totem todo talhado na madeira! As crianças logo identificaram e compararam com o que estamos fazendo em classe.

Quando iniciamos a visita, explicamos que iriam ver muitas coisas surpreendentes... Iriam conhecer um mapa, mas não um mapa convencional... E, de repente, se deparam com um mapa tridimensional, que fica no chão e eles puderam observar os lugares de forma nada convencional... 


O encantamento do grupo foi visível! Identificaram os diferentes países estudados no projeto: México, Peru, Guatemala, Brasil. Observaram as diferentes civilizações, Inca, Maia e Asteca.

Olhares curiosos encontrando com conteúdos já abordados em classe... De repente, ouvimos: “Nossa, é assim mesmo que eu imaginava, Débora!”, “Olha, tem deuses aqui... são os Maias e têm Astecas também!”, “Gente, vem cá! Olha a Cordilheira dos Andes!”, “Encontrei Machu Picchu!”, “Tem construção indígena aqui!”, “Onde será que está a Amazônia?”.

Outra coisa que chamou muito a atenção do grupo foi a própria construção do Memorial, projetado por Oscar Niemeyer. A “mão” – símbolo do Memorial – com certeza foi o que mais encantou o grupo.

No final do estudo, perguntamos aos alunos do que eles mais haviam gostado e a resposta foi unânime: ”Foi do mapa, Débora!”.

Professora Débora Rabello


Os alunos do 4º ano visitaram o Museu Afro Brasil



É impossível falar sobre cultura afro-brasileira sem visitar este museu. A cada instalação, os alunos do 4º ano tiveram a oportunidade de conhecer e aprender um pouco sobre a cultura desse povo que muito contribuiu para a formação da sociedade brasileira. 

Iniciamos o trabalho preparando-os para a visita. Voltamos às perguntas levantadas pelos alunos no início do projeto, apresentamos algumas imagens do que encontraríamos e, fazendo algumas relações, mostramos que esta visita nos ajudaria a responder a algumas destas questões.

Visitamos diferentes instalações, mas algumas chamaram mais a atenção dos alunos, as máscaras e as obras de Rubem Valentim: “Algumas máscaras são assustadoras, até dá um pouco de medo...”.
Adoraram a instalação do navio e as obras de Rugendas e Debret, através das quais tiveram oportunidade de conhecer um pouco da história dos africanos: como vieram para o Brasil e como era a vida deles aqui: 

“Fiquei bem impressionada em saber como eles vinham da África e como era a viagem”, “Não acho legal a história de os africanos serem castigados, mas o bom é que eles ensinaram muitas coisas boas para a gente”. Encantaram-se com as imagens dos orixás: “Gostei muito dos orixás... eu não sabia nada sobre eles, achava que era uma tribo ou coisa assim...”, “São lindos! Olha esse aqui, tem a ver com a água, esse com a terra...”, “Cada um está relacionado a um elemento da natureza”.

Encerramos nossa visita participando de uma oficina com Daniel, um congolês que atualmente trabalha como educador no museu,  que nos ensinou algumas  palavras no seu idioma e uma brincadeira típica do seu país...

Essa visita nos proporcionou muito aprendizado; por meio da interação com os objetos expostos e as explicações, os alunos tiveram a oportunidade de “sentir” a história tornando-a, assim, mais significativa.  

Professora Eloisa Liebentritt

Os alunos do 5º ano visitaram, na OCA, a exposição “Modos de Ver o Brasil”


Há quem vá a um museu para apreciar obras, há outros tantos que vão consumir aquele produto cultural, há pessoas que vão para saber mais e existem tantos “hás”, muitas vezes misturados. 

Na última quinta feira fomos nos ver refletidos nas obras de arte da exposição “Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos”. Fomos nos ver enquanto brasileiros, pois aquela exposição reflete justamente isto: a nossa história, quem somos e nos deixa bastante inquietos. 

Para que esta exposição fosse bastante significativa para os alunos, estudamos sobre Niemeyer, visto que as obras conversam a todo o instante com o espaço em que elas estão inseridas: a Oca. Visitamos notícias e sites sobre a exposição, para que os alunos soubessem e ficassem bastante curiosos quanto ao acervo que iríamos visitar. 

Como foi olhar para si mesmo através das obras de Arte? 

Algumas vezes foi muito desconfortável, diante de obras que traziam a exploração indígena e africana.  “Estou desconfortável diante destas fotos”, “Fico triste quando vejo como essas pessoas eram tratadas!” ‘Cruz, credo, era para ser bonito? Me deu medo!”. Conversamos que realmente a nossa história muitas vezes é “desconfortável” e que a curadoria tinha esta intenção quando trouxe esta faceta da nossa história através daquelas obras.  

Outras vezes ficamos cheios de beleza ao olharmos para a obra da Adriana Varejão, que impactou os alunos logo que chegaram ao último andar: “Uau, que lindo!”, “Como fizeram isso? De azulejo, mas é de verdade?”, “Queria levar para a minha casa! É lindo!”.  


Outros momentos foram de reconhecimento... de artistas, que delícia ter a oportunidade de estar diante de obras que já estudamos.  “Gente, gente achei o Rubem Valentim”, “Aquela obra do Vik Muniz que estudamos, mas agora de verdade”, “Não sei, pelas curvas acho que é o Niemeyer. É o Copan”.  


Esses olhares tão ricos sobre o Brasil só foram possíveis de serem feitos de maneira tão complexa, porque foram feitos através da Arte. Somente ela dá conta da nossa complexidade, somente ela dá conta de misturar sentimentos, estética, forma e crítica ao mesmo tempo. Somente ela dá conta de fazer com que nos olhemos, mas nos olhemos de verdade, com tudo o que ser brasileiro é.  

Foi só uma tarde, mas foi muito! Muita aprendizagem, discussão, emoção, diversão e esta experiência vai continuar em nossas aulas, no decorrer de todo o Projeto. Tudo isso, realmente, só uma visita a uma boa exposição traz!
Para saber mais sobre esta exposição:

Professora Lia Granado


Os alunos do Fund 2 e do Ensino Médio visitaram o “Museu do Imigrante”

Desde o início do ano, guando os professores visitaram este museu, esperamos ansiosos pelo dia em que os alunos também o visitariam. Queríamos que sentissem as mesmas emoções e encantamento que sentimos ao encontrar as histórias de nossas famílias.

“O Museu da Imigração do Estado de São Paulo herda do Memorial do Imigrante toda a história de preservação da memória das pessoas que chegaram ao Brasil por meio da Hospedaria de Imigrantes, e o relacionamento construído, ao longo dos anos, com as diversas comunidades representativas da cidade e do Estado.

É no entrelaçamento dessas memórias que se encontra a oportunidade única de compreender e refletir o processo migratório.

Em seu novo projeto museológico, o Museu da Imigração valoriza ainda mais o encontro das múltiplas histórias e origens e propõe ao público o contato com as lembranças daquelas pessoas que vieram de terras distantes, suas condições de viagem, adaptação aos novos trabalhos e contribuição para a formação do que hoje chamamos de identidade paulista".




Fotos, cartas, mapas, objetos, documentos e muita tecnologia encantaram os alunos.


"A história da migração humana não deve ser encarada como uma questão relacionada exclusivamente ao passado; há a necessidade de tratar sobre deslocamentos mais recentes. O Museu da Imigração fomenta o diálogo sobre as migrações como um fenômeno contemporâneo, que não se encerra com o fechamento das atividades da Hospedaria, reconhecendo a recepção dos milhões de migrantes atuais e a repercussão deste deslocamento para a cidade".

Todas estas visitas ajudaram a compor a ideia de aprendizagem significativa, as descobertas e conhecimentos de nossos alunos. Aprenderam, também, a valorizar a Arte e os artistas na sociedade, a importância da manutenção do patrimônio histórico e o prazer por compartilhar estas vivências.

Aproveitamos para sugerir a todos que aproveitem o período de férias para visitar ou revisitar estas maravilhas da nossa cidade, com a família e amigos!

Professora Tania Vasone

Um comentário:

  1. Visitar exposições, museus, lugares históricos, galerias de arte ou lugares da cidade fomenta descobertas sobre a nossa existência e a nossa relação com diferentes culturas e valores.
    É muito bom proporcionar novos olhares aos alunos e a toda equipe.
    Meus agradecimentos ao Colégio Hugo Sarmento!
    Rosana e Naldo

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