sexta-feira, 7 de junho de 2019

Hora do brincar: território da convivência

Por Laís Henriques e Lígia Calandro Mendes

O ato de brincar faz parte da história da humanidade ao longo dos tempos. Está registrado nas imagens, nos textos literários, nas memórias...


A Semana Mundial do Brincar foi uma iniciativa criada para celebrar o brincar livre como um meio de incentivar o desenvolvimento das crianças e uma forma de permitir que as crianças ampliem sua criatividade e imaginação. Embora seja uma data simbólica, aqui na escola procuramos garantir a diversidade de momentos de brincadeira durante todo o ano.

Entendemos que o brincar é o modo que as crianças têm de se relacionar com os outros e com o mundo, e que a escola pode e deve proporcionar e ampliar essa relação. Por meio da brincadeira a criança se socializa, experimenta possibilidades, cria e lida com emoções.

O brincar amplia o convívio social, pois a criança vivencia diversos papéis nesta hora, o que garante o seu desenvolvimento integral (biológico, cognitivo, moral, emocional, cultural e afetivo)  Enquanto brinca, comunica e elabora seus sentimentos, medos e desejos.

Por isso, acreditamos e valorizamos a brincadeira em diversos momentos da rotina escolar. Os alunos esperam ansiosamente  a hora do recreio para encontrar colegas de outras salas, para correr, escolher brincadeiras, interagir, conversar sobre diferentes assuntos e colocar em prática as brincadeiras planejadas e inventadas. 

“Eu gosto de ouvir as crianças conversando, porque elas são absolutamente como os poetas. Não conhecem obstáculos à sua imaginação.”
Cecília Meireles

A possibilidade de ouvir as crianças, tal como Cecília Meireles coloca, consolida-se, a nosso ver, como um desafio para as relações que se estabelecem entre alunos. Dessa forma, acreditamos que a criança deve ser o sujeito da sua própria brincadeira. 


Para a brincadeira acontecer de forma livre e variada, procuramos  disponibilizar diferentes materiais, como bolas, cordas, perna de pau, tecido, elementos da natureza, giz para riscar amarelinha, entre outros. Um tecido pode se tornar uma cabana, uma capa, um cobertor e o que mais ela quiser criar na hora da brincadeira com seus amigos.

Os espaços escolhidos para as brincadeiras são diversos: a quadra, a areia, o coreto e o morro. Ah, o morro! Esse espaço do colégio é, sem dúvida, o preferido e o mais encantador para os alunos. É lá que acontecem brincadeiras de todos os tipos e gostos, é onde colocam a mão na terra, abraçam as árvores, desenham com giz nas paredes e se encantam com os bichinhos de jardim e os passarinhos.

No dia a dia brincam de pega-pega, pular corda, bambolê, futebol, basquete, casinha, cabana e entre outras criadas por eles, também representam o cotidiano, o que estão aprendendo nos projetos de modo muito criativo.


É visível a interação entre os diferentes anos, que nesse momento dividem o espaço em diversas brincadeiras, no futebol e em outros jogos, dividindo o time, além das brincadeiras inventadas por eles, “paredão”, “turma da Mônica”, entre outras.  

Nesse momento ficamos atentas às diversas brincadeiras escolhidas pelas crianças e mediamos suas relações, ajudando a ampliar as competências socioemocionais ao lidarem com diferentes opiniões, resolvendo os seus conflitos e frustrações.

Enquanto acompanhamos, observamos e interagimos com todos, mas também nos divertimos muito!

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