quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Avaliação Final – A hora é agora

O final do ano letivo se aproxima e esta é a hora de mobilização de alunos e pais para enfrentar as avaliações finais. Pode parecer que ainda é cedo, mas não é. Muitos alunos ficam preocupados com o desempenho que podem apresentar, enquanto outros sentem um prazer enorme em mostrar suas conquistas e há ainda aqueles que sofrem por terem apresentado um baixo rendimento.

São inúmeras as situações que envolvem o encerramento do ano, mas os pais devem estar sempre atentos para que seus filhos continuem se dedicando aos estudos. Para os alunos que necessitam da parceria e ajuda dos pais para concluir o ano com sucesso, as orientações a seguir ajudam muito.
 
Mesmo antes de o calendário de provas ser divulgado, é hora de o aluno analisar a sua situação em cada matéria, os conteúdos que precisam de mais atenção, de pedir ajuda ao professor no que for necessário, enfim, de tomar consciência do que aprendeu ou deixou de aprender durante o ano. É hora de muita dedicação por parte dos alunos: ler os livros pedidos, caprichar na realização das lições e entregas dos trabalhos, procurar esclarecer suas dúvidas e se preparar para as provas.
É hora também de os pais procurarem se inteirar da situação real dos filhos, de dar abertura para que eles coloquem suas dificuldades, de se prontificarem para ajudar e de fazer com que sintam que têm o apoio de que precisam da família. Não é hora de viajar no final de semana se na segunda-feira o filho terá uma prova difícil!  E não adianta colocar um professor particular esperando que ele possa recuperar os conteúdos uma semana antes da prova! 

O que auxilia muito o aluno nesta época é organizar uma rotina de estudos já para a avaliação do terceiro trimestre, que se inicia agora, na segunda semana de novembro, para os alunos do ensino fundamental 2 e do ensino médio. Os professores tutores, além das orientações de estudos dadas em classe, dão um atendimento individualizado aos alunos que têm maior dificuldade para se organizar para estudar. Os orientadores e tutores do colégio também estão à disposição dos pais para auxiliá-los neste importante momento da vida dos seus filhos.

Agora é a hora de conversar, orientar, trocar experiências, mais ouvir do que falar, cobrar com paciência, ajudar a não dispersar, estimular, apoiar. Desta forma as crianças e adolescentes se sentirão confiantes para superar mais uma etapa de sua vida escolar. 

No site “Educar para Crescer”, do Grupo Abril, recomendamos a realização de um teste “Seu filho está estudando direito para as provas?”, para avaliar se seu filho encontra em casa um ambiente adequado para se preparar para as avaliações, e também a leitura das “15 dicas para ajudar seu filho a enfrentar as provas da escola”, antes, durante e depois das provas.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

5º Simpósio Interno

Simpósio: Reunião para a discussão de um determinado tema (uma questão ou nova técnica, por exemplo). Aqui não são apresentadas as conclusões de uma pesquisa, mas sim a prática, um pouco da teoria e as impressões sobre um determinado assunto que é colocado em debate.”  (biomedicinapadrao.wordpress.com/category/curiosidades/)

Realizaremos, no dia 24 de outubro, o nosso 5º Simpósio Interno.

Este evento, destinado somente para a equipe pedagógica, vem se tornando, além das reuniões pedagógicas semanais das equipes, um importante momento de reflexão e estudo para os profissionais da escola.

O simpósio tem como propósitos principais:
    - A valorização do ofício do professor
    - O estudo da teoria e a transformação da prática
    - A garantia da troca de saberes, experiências e práticas entre os professores de todos os segmentos, da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Temos procurado abordar, a cada ano, questões e temas que afetam o cotidiano e a prática docente.

Assim, o 1º Simpósio, realizado em 2010, teve como tema a ”Inclusão” – refletimos e aprendemos juntos sobre como lidar com as diferentes necessidades educativas especiais de nossos alunos.
 

 O 2º Simpósio, no ano seguinte, teve como tema as “Boas experiências na sala de aula”, com assuntos bastante variados, contando com abordagens de todas as áreas de conhecimento.

 

 Em 2012, o 3º Simpósio tratou das difíceis questões relacionadas ao “Bullying”, tema que resultou em um documento importante sobre a conduta a ser adotada pelo nosso Colégio frente a estas questões.

No ano passado, analisamos as diversas práticas sobre “A leitura e a escrita na escola”, refletindo sobre sua didática e complexidade em todos os segmentos e áreas de conhecimento.

 

Neste ano, o assunto proposto será bastante complexo também:

OS DILEMAS MORAIS DA ATUALIDADE
Educar implica, permanentemente, ser um aprendiz 
curioso de seu próprio ensinar
Madalena Freire

Compreender os fatores que influenciam a construção dos valores morais hoje – na família, na escola e na mídia – requer muito estudo e engajamento do professor.

Estas discussões são fundamentais para ajudar a equipe a refletir e a buscar soluções para os diversos conflitos que surgem na convivência dentro da escola.

Os conhecimentos da professora Telma Vinha – sobre a perspectiva construtivista dos conflitos – nos ajudarão a aprimorar nossa metodologia de trabalho. Ela nos propõe sugestões importantes de intervenção, junto aos alunos, que tratam o conflito como oportunidades de aprendizagem.
Como base para as discussões, além de muitos outros textos, utilizaremos o livro “Nos labirintos da Moral” de Mario Sérgio Cortella e Yves de La Taille. Em uma conversa entre os autores, um filósofo e o outro psicólogo, o tema da ética e da moral é discutido no âmbito da família, da escola e da sociedade atual. Os autores tratam o tema de uma perspectiva que vai muito além do pensamento “moralista” e apontam a necessidade de se refletir junto com os alunos sobre suas ações e escolhas.
Segundo Yves, ”a questão é delicada, suscita polêmicas e faz muita gente preferir ficar prudentemente indefinida. Mas ela deve ser enfrentada, do contrário fica-se no limbo e paralisam-se as empreitadas educacionais.”

Cortela afirma: “Eu não tenho dúvida de que a educação e a escola cada vez mais precisarão tratar da crise ética para não cair na armadilha de apenas responder à mera queixa moral em relação à conduta. Pois se existe um problema de conduta, existe uma crise muito mais forte que é o esboroamento da capacidade de vida coletiva.”

Estes serão os temas que movimentarão nossas trocas e estudos neste simpósio. 

Ao propiciar este espaço de discussão e aprendizado, esperamos avançar em nossas práticas e contribuir com o desenvolvimento de nossos alunos e suas famílias.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dia do Professor

No Dia do Professor, homenagem a Hugo Sarmento e à nossa equipe

Neste Dia do Professor gostaríamos de homenagear a toda a equipe de profissionais da escola, reconhecendo seu empenho e dedicação para, muito além da transmissão dos conteúdos, contribuir na formação e crescimento de nossos alunos.

Resgatar a importância desta profissão e do grande papel dos professores é fundamental para a construção da sociedade a que todos almejamos.

Um modelo de mestre norteia nossos ideais como educadores – Prof. Hugo de Vasconcellos Sarmento. Comemoraremos 125 anos de seu nascimento no próximo dia 1º de novembro.

O professor Hugo, avô da fundadora do colégio, Patrícia Helena Mendes de Almeida, e de sua irmã, nossa vice-diretora, Eleonora Kiehl, e bisavô de João Mendes de Almeida Jr, diretor administrativo, e de Theodora Maria Mendes de Almeida (Tica), diretora pedagógica, nasceu na cidade de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, em 1º de novembro de 1889.

Filho de Luiz Gambettá Sarmento e de D. Francisca Cabral de Vasconcellos Sarmento, fez o curso primário em São João, tendo sido alfabetizado também em alemão. Depois estudou em Itu, no Colégio São Luiz, dos padres jesuítas, e fez o ginásio no Instituto “Culto à Ciência”, de Campinas.
Cursou a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e se casou, aos 19 anos, com Carolina Augusta Loyola de Andrade, da família Ribeiro de Andrade, também de São João da Boa Vista.


Com a chegada dos filhos, o professor Hugo Sarmento se viu obrigado a abandonar o curso de Medicina um ano antes de se formar. Começou, então, a dar aulas particulares e mudou-se para Poços de Caldas, MG, onde fundou o “Instituto Progresso”, com Escola Comercial e Curso Normal. Durante a epidemia de gripe espanhola, trabalhou incansavelmente, tendo ajudado a salvar inúmeras vidas com medicamentos por ele manipulados.

Voltou para sua cidade natal para fundar o “Ginásio São João”, esta a obra de sua vida, para a qual ele e sua esposa, Dona Carola, tiveram dedicação total. Equipou o “Ginásio” com materiais importados da Alemanha, formando um excelente laboratório de Química, Física e Biologia. Tinha o sonho de construir uma grande escola. Nela estudavam os filhos dos fazendeiros da região e aqueles que, sem condições de pagar, recebiam educação de graça. Nunca negou uma vaga a quem quisesse estudar.


Possuidor de grande carisma, era adorado por seus alunos. Tinha o dom de ajudar aos mais necessitados, de estimular os que tinham dificuldade, mas vontade de aprender.
Tinha registro para lecionar nove matérias, tendo sido grande professor de Física. Eram vastos seus conhecimentos científicos e humanísticos – sabia grego, latim e até esperanto.

Mestre por excelência, com ele todos aprendiam. Dono de didática própria, exerceu o magistério com grande dedicação. Pelas cartas que deixou, vemos sua nobreza e enorme bondade. Nosso colégio foi fundado segundo seus princípios educacionais.

Dificuldades políticas e econômicas o impediram de levar adiante seu projeto de escola, tendo sido, então, professor e diretor de diversas escolas públicas na região da Mogiana em São Paulo e em Minas Gerais. 

Além de nossa escola, uma rua e uma escola pública, em sua cidade natal, e uma praça na região do Jockey, em São Paulo, também levam seu nome.

Em nosso colégio, permanecem vivos o exemplo e os ensinamentos de Hugo Sarmento, educador essencialmente humanista. 

 
A partir deste exemplo de grande mestre, nesta data homenageamos a todos os professores que por aqui passaram, deixando sua valiosa contribuição, e a cada um dos que estão hoje conosco, exercendo a nobre função de educar.  

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

BULLYING: Isto não é brincadeira

BULLYING: Isto não é brincadeira

Em torno do tema bullying, toda a equipe pedagógica do colégio esteve reunida em nosso III Simpósio Interno, realizado em 2012.

Durante o encontro, a tutoria dos segmentos de ensino fundamental 2 e do ensino médio apresentou os estudos realizados sobre este tema e que culminaram na elaboração de um documento com a postura de nossa escola sobre a questão.

Muito embora o documento se refira especificamente aos segmentos a partir do 6º ano, por extensão e guardadas as devidas proporções, aplica-se a toda a escola e a todos os segmentos, como um norteador de nossas ações.

Resolvemos, portanto, compartilhá-lo com todos novamente, pois só alcançaremos sucesso nas medidas de prevenção e no combate ao bullying com o sério envolvimento de todos os envolvidos, alunos, suas famílias e equipe pedagógica.


NORMAS E PROCEDIMENTOS DE AÇÃO E COMBATE AO BULLYING

“Toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras”.
(Piaget, 1932. Juízo Moral na Criança, Ed. Summus, p. 23)
INTRODUÇÃO


O bullying é um fenômeno antigo. Parece novo porque somente há pouco tempo a sociedade vem discutindo suas consequências e, por isso, o tema se tornou fonte de preocupação nas escolas. As escolas têm reconhecido seu papel no enfrentamento e na contenção do fenômeno e, para isso é fundamental que a construção de uma escola não se restrinja a ensinar apenas o conteúdo programático. As escolas devem se comprometer a educar crianças e adolescentes para a prática de um mundo menos egoísta, mais justo e mais fraterno.

O Colégio Hugo Sarmento tem como objetivo prevenir e atuar de forma efetiva no combate ao bullying. Entendemos como bullying um comportamento agressivo repetido, que ocorre no âmbito de um desequilíbrio de poder físico ou psicológico entre o agressor e a vítima. Os “mais fortes” convertem os “mais fracos” em objeto de diversão e prazer, por meio, às vezes, de atitudes que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar.

Dentro do quadro preventivo do bullying, percebe-se como de fundamental importância o envolvimento de professores, pais e alunos. A participação de todos visa estabelecer normas, diretrizes e ações coerentes. Assim, as ações priorizam a conscientização geral e o apoio às vítimas de bullying. Os alunos precisam sentir-se protegidos e é necessária a conscientização dos agressores sobre a incorreção de seus atos para que tenhamos a garantia de um ambiente escolar seguro.

Nossa abordagem frente ao bullying se baseia na legislação vigente no país, que garante o direito à dignidade da pessoa humana, conforme cita o Artigo 1º da Constituição Federal de 1988. A Constituição ainda aborda, no Artigo 227, que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar aos menores a dignidade, o respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária. Neste mesmo artigo, ganha destaque a obrigação de sempre “colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

A redação deste nosso documento estabelece normas e procedimentos de ação e combate ao bullying em nosso colégio, e se apoia nos artigos 17,18,70,98,101,103,104,105 e 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente e nos artigos 186,187 e 927 do Código Civil, dentre os quais citamos:

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Lei 8069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente

Art. 927. “Aquele que, por ato ilícito (Arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”

Lei 10406/02 do Código Civil
DA PREVENÇÃO

O colégio realiza, com os alunos, conversas com o objetivo de esclarecer o conceito de bullying vigente. Na ocasião, são mostradas as sequelas decorrentes de atos de bullying dentro das escolas e busca-se a conscientização dos problemas gerados pelos atos de intimidação.

Além disso, mantemos, ao longo do ano letivo, a discussão de aspectos das relações interpessoais no colégio e na comunidade.

É importante deixar claro que a Instituição não é condescendente com os casos de bullying, pois tem a obrigação de preservar a integridade física e moral de todos os alunos. Depois de esgotados todos os meios de contenção do bullying, o aluno que não mostrar mudança em seu comportamento e continuar, após todo o trabalho do colégio, a intimidar e agredir repetidamente seus colegas sofrerá as sanções previstas em nosso Regimento Escolar.

DAS AÇÕES DE COMBATE

A equipe pedagógica do colégio é responsável pelo acompanhamento das situações de aprendizagem e de convívio social, favorecendo, assim, uma formação integral, o autoconhecimento e o relacionamento com o grupo.

No caso de denúncia de bullying feita por parte de alunos e/ou responsáveis, a equipe pedagógica toma providências para apurar o fato por meio de conversas com os envolvidos e com os agentes escolares que trabalham na formação dos alunos.

Nos casos em que se confirma a existência de bullying, o Colégio atua da seguinte forma:

1- Observação das ações dos alunos agressores e agredidos em diversas situações do cotidiano escolar e nos diversos espaços do colégio.

2- Com base na observação das atitudes, encaminhamos os casos da seguinte forma:
    - Conversa com os alunos envolvidos
   - Convocação dos pais dos envolvidos para relato dos acontecimentos e combinação de estratégias de ação
  - Acompanhamento, de perto, dos alunos para que sejam evitadas novas agressões, estabelecendo uma vigilância efetiva em todas as dependências do colégio
    - Trabalho com o grupo da classe dos envolvidos para que seja reforçada a necessidade de um convívio respeitoso e harmonioso.

A questão do bullying não pode ser minimizada. As ações de nossa equipe pedagógica, aliadas ao apoio dos pais, têm conseguido reduzir bastante o número de casos em nosso colégio. Entretanto, o fim destas agressões só acontecerá com a mudança em muitos dos hábitos e valores distorcidos de nossa sociedade e de uma visão realmente inclusiva das diferenças. Para isso trabalha a escola.

SUGESTÕES DE LIVROS SOBRE O ASSUNTO:

SUGESTÕES DE FILMES SOBRE O ASSUNTO:

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A Construção da Cidadania

A sala de aula é o lugar do heterogêneo, onde cada aluno vem de uma família diferente, com valores diferentes. Essa diversidade pode ser assustadora ou enriquecedora, dependendo da sua escolha.  Nós, do Hugo, escolhemos sempre a segunda opção, pois acreditamos que a sala de aula é um espaço privilegiado para a construção da democracia e da cidadania.

Esta escolha vem carregada de responsabilidade, estudo e muito trabalho. Trabalhamos de forma gradativa, desde a educação infantil, o respeito às regras da sala, os combinados do grupo e, a partir Fundamental 1, a realização das assembleias de classe para abordar diversas questões.

Logo no início de 2014, o 5º ano começou a realizar assembleias semanais, com o intuito de discutir assuntos propostos pelos alunos e chegar a resoluções, por meio de muita reflexão. Os assuntos discutidos foram os mais variados: convívio, recreio, postura dos alunos, resolução de conflitos, respeito às diferenças e preconceito.
As assembleias são bastante desafiadoras, pois, para participar, os alunos precisam aprender a ouvir, esperar a sua vez, respeitar os colegas, argumentar e assumir responsabilidades diante das decisões coletivas. 

“A assembleia pode destacar-se como um espaço propício para trabalhar capacidades como: colocar-se no lugar do outro e imaginar como deve se sentir, expressar as próprias opiniões de maneira respeitosa e compará-las com as de colegas, entender quais situações são problemáticas e comprometer-se com sua melhora e argumentar com lógica para defender uma posição pessoal(...) Trabalha também, em relação à formação de atitudes, os valores de solidariedade, igualdade, respeito às diferenças, amizade, confiança e responsabilidade”.  Josep Maria Puig Rovira, professor de Pedagogia da Universidade de Barcelona.

Este conjunto de capacidades destacadas por Puig são essenciais para que se possa exercer a cidadania. Começamos nos combinados,  nas conversas, nas assembleias, e acreditamos que, no futuro, este trabalho possa contribuir para uma sociedade melhor.

Continuando este projeto, iniciado pelas assembleias, aproveitamos as eleições deste ano, que por si só já atraem a atenção dos alunos, para discutir outras questões relacionadas à política, ética e cidadania.

Para que possam pesquisar, discutir, refletir e debater sobre estes temas, os alunos precisavam ter vivenciado as assembleias e desenvolvido um pouco das capacidades destacadas por Puig.

Logo que propusemos o tema Eleições, o grupo mostrou-se muito empolgado e, a cada discussão, pesquisa, leitura, percebemos o envolvimento, a participação e o encantamento de todos. Este encantamento nos surpreendeu, talvez pelo atual desencantamento com a política.

Construir uma cultura democrática não é uma tarefa fácil, mas possível! Para tanto, os alunos precisam vivenciar experiências democráticas em sua sala de aula, conhecer como funciona o nosso país, qual o papel de cada um, debater e refletir sobre nossos problemas. Afinal, a tão famigerada “política” é muito nossa e não deve ser deixada nas mãos de poucos.

O olhar crítico sobre o mundo que os cerca, seja no universo mais restrito da escola, seja para a sociedade como um todo, vai ficando mais aguçado com o desenvolvimento da adolescência e a passagem para a vida adulta. Ficam mais evidentes nesta fase as dificuldades do exercício da individualidade sem ferir o coletivo e os outros indivíduos do grupo.

As discussões em classe sobre os problemas que dizem respeito ao cotidiano do grupo são frequentes e estimuladas pelos professores tutores do Fundamental 2.

No Ensino Médio, as grandes questões políticas, nacionais e globais, são tratadas na disciplina Atualidades e Política que busca, a partir das notícias e eventos atuais, um constante debate de ideias  sobre os temas de exercício da cidadania, da atuação de cada um e do papel das nações como seres políticos.

Para saber mais...

Para as crianças:




Para os pais:

http://apps.tre-ro.jus.br/eleitordofuturo/eleicoes2012/TRE-RO-PEF-2012-explicando-politica-as-criancas.pdf Texto de Rubem Alves – Explicando política às crianças

http://educarparacrescer.abril.com.br/indicadores/testes/voce-conhece-bem-o-seu-candidato.shtml

http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/como-filho-cidadao-781841.shtml?utm_source=redesabril_educar&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_educar

http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/trabalho-grupo-futuro-778280.shtml?utm_source=redesabril_educar&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_educar

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Exposição 2014

A Exposição de Trabalhos deste ano explicita uma parte da complexidade e da multiplicidade da ação pedagógica desenvolvida por nossa escola. 

Mostraremos, por meio dos diversos projetos realizados, da educação infantil ao ensino médio, a importância da interdisciplinaridade como uma ferramenta indispensável na construção dos saberes de nossos alunos.


É o conjunto destes saberes que, aliados à arte e à estética, é capaz de atender à necessidade de mudanças paradigmáticas do saber tradicional exigidos pela vida atual.

Para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental 1, a motivação inicial para a representação dos elementos do planeta – terra, água, fogo e ar – foi a necessidade de chamar a atenção para a preservação ambiental.

A partir daí, pensamos na necessidade humana de todos os tempos de explicar os fenômenos da natureza por meio da criação de figuras míticas. Durante a contação de histórias, seres fantásticos como fadas, duendes, gigantes, dragões, seres alados, plantas exóticas e seres aquáticos foram sendo reconhecidos e recriados pelas crianças.

 
Muitos dos materiais utilizados foram reaproveitados, como caixas de ovos, jornais, garrafas PET. Assim, tivemos mais uma oportunidade de conversar com as crianças e ensiná-las a vivenciar as inúmeras possibilidades de redução do lixo de forma criativa.

Deste modo, a Ciência, a Literatura e as Artes Plásticas foram as fontes de inspiração e pesquisa para o trabalho representado pelos alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I.

Para os alunos do Fundamental 2 e do Ensino Médio, as motivações passam pelas questões da sustentabilidade, das intervenções da arte urbana e das profundas diferenças encontradas no universo do centro e das periferias das grandes cidades. A matemática, as ciências, a física e a biologia se inspiraram no Renascimento e na obra de diversos artistas contemporâneos para materializar parte dos complexos conceitos trabalhados no extenso conteúdo anual.

 
 

A produção de textos e o uso da fotografia permitiram aos alunos o exercício da união destas linguagens como expressões da criatividade e da técnica formal da escrita em português e em espanhol.

Nos moldes do que ocorre nas grandes mostras, no domingo os alunos se revezarão para realizar a monitoria, orientando os visitantes sobre os trabalhos expostos.

A Exposição é, sem sombra de dúvida, o evento mais importante de nosso projeto pedagógico, lembrado por todas as gerações de alunos que dela participaram como tendo sido decisiva no desenvolvimento de seu gosto pela Arte, pelo desenvolvimento de seu senso estético, na criação de um espírito de equipe, atributos utilizados seja qual for a profissão escolhida por eles.

O trabalho só se realiza com a visitação dos pais e dos convidados, prestigiando a mostra e se envolvendo nesta multiplicidade de conhecimentos, técnicas e expressões.

Aguardamos vocês.

Dia 28 de setembro de 2014, das 10 às 17 horas.

Na segunda-feira realizaremos a monitoria interna da Exposição, com a troca de experiências entre os alunos, sendo esta mais uma oportunidade de reconhecimento pelo esforço e dedicação de todos que dela participaram.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Sobre as Reuniões de Pais

Durante todo o ano realizamos reuniões de pais com propósitos e formatos variados.

Comunicar nossas intenções e valores educacionais e estabelecer um relacionamento de parceria e confiança são nossas metas principais. A ideia é a de que a escola seja um espaço de reflexão, troca e convívio também para os pais de nossos alunos.  

 

Durante o ano, muitos instrumentos são utilizados por nós para informar os pais sobre o trabalho pedagógico e o aproveitamento do aluno, como as circulares, os relatórios, as entrevistas, mas é na reunião de pais que conseguimos transmitir a paixão e o empenho de toda a equipe pelo que acontece no dia a dia da escola.
Quando selecionamos os temas a serem apresentados, consideramos vários aspectos: o perfil do grupo, as habilidades do professor, as necessidades da faixa etária, temas que surgem como interesse ou necessidade de informação, além de compartilhar metodologias atuais e conteúdos trabalhados.


As estratégias utilizadas também são parte de nossa preocupação: além dos PowerPoints organizados com as informações e recheados com fotos e filmes, muitas vezes fazemos rodas de discussão, palestras com especialistas, análise conjunta das produções dos alunos, rodas de livros para os pais que desejam pensar e aprender sobre temas relacionados à educação das crianças.

A partir do 6º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, além das reuniões gerais de apresentação, um tipo de reunião que traz enormes possibilidades de trabalho para a equipe da escola e as famílias são pequenos encontros diretos com os professores de cada disciplina, quando cada profissional, individualmente, expõe a sua visão sobre cada aluno, ouve os pais e, sempre que necessário, combina estratégias específicas de atuação.


Estamos sempre preocupados em ouvir a comunidade e, para isto, usamos vários recursos como as conversas nas entrevistas, pesquisas de opinião, questionários e principalmente buscamos, no interesse e na participação, interpretar os indícios de satisfação. Todos são instrumentos valiosos para que possamos sempre aprimorar o nosso trabalho.

Acabamos de realizar uma série de reuniões que trataram dos assuntos relacionados ao 2º  trimestre e anteciparam nossas intenções de trabalho até o final do ano.
A participação dos pais nestes encontros foi excelente e a presença foi de quase 100%. 

Gostaríamos de agradecer e aproveitar para abrir, mais uma vez, a possibilidade de avaliar. Envie para nós a sua opinião, pois estamos muito interessadas em recebê-la.

Theodora Maria Mendes de Almeida (Tica) – tica@hugosarmento.com.br

Patrícia Vasconcellos  – patricia@hugosarmento.com.br

Valéria Galego – valeria@hugosarmento.com.br

Maria Angélica D. M. Almeida (Gely) – angelica@hugosarmento.com.br

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A história das Exposições - nosso percurso na arte-educação

1966...


        Naquele dia haveria um evento de encerramento do ano letivo, onde seriam entregues aos pais as pastas com as atividades dos meus primeiros alunos. Eu estava sentada no chão, fazendo uma seleção dos trabalhos, quando apareceu José Resende – hoje um artista conceituado – que ficou encantado! Ele me ajudou a arrumá-los e a expô-los de maneira artística, juntando, em painéis, aqueles que eram feitos com os mesmos materiais. Foi um sucesso!

        Foi assim que tudo começou, de forma bastante espontânea, mas sempre com o objetivo de valorizar as produções dos alunos. Com o tempo, a exposição foi se aprimorando... E desde então a Arte esteve sempre presente.”
Patrícia Helena Mendes de Almeida,
 
educadora, fundadora do nosso Colégio

        Já nos anos 70 e 80, a produção de nossos alunos da Educação Infantil tinha um grande foco no desenvolvimento de habilidades motoras e visuais e um senso estético apurado na composição de formas e cores. A evolução da arte infantil, desde as garatujas, tem um caminho natural. Este caminho, acompanhado pelo professor por meio de estímulos interessantes e adequados, vai sendo ampliado durante a vida escolar.
   Apresentar um repertório imagético de qualidade amplia os conhecimentos e a reflexão da criança sobre o que e como ela deseja representar.       

 

        A estética é um conteúdo a ser estudado. O uso de materiais diversos possibilita o aprimoramento da técnica – aprende-se a fazer arte, fazendo. Observar, refletir, fazer e apreciar imagens em diversos tamanhos e meios, em livros, datashows ou no museu, faz parte deste processo. O papel do educador é ajudar a ver, é educar o olhar.         

 

        A reflexão acontece a partir das informações, das discussões com os colegas ou com outros artistas, das pesquisas. Saber sobre a vida do artista traz um outro modo de ver. Nas aulas de artes procuramos trazer para os alunos um universo amplo de imagens e referências para que possam se inspirar, refletir e produzir. A ação depende desta reflexão. Aqui, o estudo da História da Arte tem um sentido amplo e significativo. Para fazer a sua própria obra, encontrar o seu estilo e a sua temática é preciso conhecer e experimentar. Muitas vezes. O momento da apreciação é o de observar e refletir sobre sua própria produção, seu percurso, sua intenção. O resultado do trabalho deve ajudar a querer saber e fazer mais, fazer de novo.
        Trabalhar a releitura de obras de arte, na escola, requer um cuidado especial. Muitas vezes confundida e interpretada como cópia, a releitura de imagens, quando bem orientada, pode relacionar história da arte, leitura de imagens e fazer artístico de maneira bastante significativa.
       
       Dar a oportunidade de o aluno ler e reler uma obra significa possibilitar que ele amplie a significação do objeto analisado, modificando e vivenciando outras experiências, ampliando e construindo conhecimento. Neste sentido, uma releitura jamais poderia ser uma cópia, uma vez que exige a atualização de um olhar que se alarga a cada leitura. Fazer uma releitura de uma obra de arte significa, então, refazer a obra acrescentando ou retirando informações do universo do artista inspirador para a produção de uma “nova versão”, única e pessoal.


        Realizar um trabalho com suportes tridimensionais – esculturas – requer um estudo minucioso do equilíbrio e da forma e uma adequação entre os materiais que desafiam nossa percepção visual. Desde a Educação Infantil, nossos alunos são expostos a experimentações com os mais diversos meios. A busca por uma representação ultrapassa, assim, os desafios estéticos que o material oferece. Quando chegam ao Ensino Médio, com um maior domínio da técnica, os alunos podem aprimorar a utilização destes meios e suportes e realizar com mais liberdade aquilo que desejam expressar.        

2014...
           Neste período, não há quem não tenha se encantado com a seriedade e a beleza deste trabalho, que desde muito cedo uniu a arte e a educação. Os alunos e professores que atuaram e aprenderam com estas exposições levam consigo um tesouro que alimenta o espírito e a alma.

        Os pais que puderam proporcionar aos seus filhos tudo isto, com certeza ficaram satisfeitos por eles usufruírem desta experiência.

       Somos gratos e felizes por manter a chama do conhecimento e o amor pela Arte durante toda esta trajetória. 

         Neste ano, faremos nossa 49ª Exposição e esperamos por todos vocês.


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Seres fantásticos

A Imaginação é o lugar onde as coisas que não existem, existem.                                                                                                                  Rubem Alves

Da infância à fase adulta...Quem nunca se encantou com os seres fantásticos dos clássicos da literatura?
Estes livros são uma maravilhosa herança cultural que vem se acumulando por séculos e séculos. Por meio deles, viajamos por mundos distantes, nos familiarizamos com diferentes seres, nos surpreendemos, nos questionamos... “Os clássicos serão sempre eternos e sempre novos”, como disse Ana Maria Machado.
Como nós, as pessoas do passado queriam compreender a si próprias e o mundo. Cada cultura tem a sua história para explicar como o mundo foi feito. Os mitos, as lendas e o folclore abordam os seres humanos, a natureza e seus fenômenos por meio de histórias, criando seres encantados. Eles nos ajudam a refletir sobre as grandes questões que estamos sempre buscando entender.
Essas narrativas foram transmitidas oralmente pelos diferentes povos para explicar fatos reais e acontecimentos misteriosos e, ao longo do tempo, foram modificadas pela imaginação das pessoas.
Os seres fantásticos estão presentes na literatura, nas artes plásticas, nas brincadeiras das crianças, enfim, fazem parte da nossa vida.
Neste trimestre preparamos uma seleção especial de livros repletos de fadas, ninfas, duendes, gnomos, dragões, unicórnios, gigantes, ogros, sereias, etc.
Alguns exemplos: 


A escola é lugar privilegiado parta compartilhar estas leituras, pois uns complementam os pensamentos dos outros, trocam sentimentos e impressões sobre o que ouvem e veem.
Nossos alunos estão imersos nessa magia, encantados com este universo. Assim, estimulamos sua imaginação e os convidamos a expressar artisticamente suas ideias.
   
Fadas - G4
Seres alados - 1º ano

Sereias - 3º ano


Sereias - 3º ano

       À medida que o tempo passa e as crianças crescem, o universo mítico fica menos presente de modo explícito, mas permanece na literatura fantástica e no tom alegórico que muitas obras assumem. É assim com "A Metamorfose", de Kakfa, que lemos no 9º ano, com o "Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente, com "Os Lusíadas", de Luís de Camões, na 1ª série do Ensino Médio, ou com a fantástica história de Brás Cubas. Em todas essas obras, a experiência adquirida ao longo do fundamental, a partir do encanto de fadas e duendes, serve de fundamento para a leitura do mundo no texto que escapa de sua lógica.