quarta-feira, 23 de setembro de 2015

China: O que ainda temos a aprender?

Por Leonardo Masaro - professor de Filosofia do Ensino Médio

 
Trabalhos de Júlia Hausner B. de Melo e Olívia Murin Augusto – 3ª s. Ensino Médio

A China causa, hoje, um misto contraditório de inveja e medo. Inveja pelo crescimento a mil por hora que nós, brasileiros, tanto desejamos; medo pelo efeito destruidor de seus produtos baratos sobre nossa economia e sobre o planeta, pela incompreensão diante daquelas pessoas falando aquela língua estranha pelas ruas do centro da cidade. China: perigo amarelo ou modelo de sucesso?

É preciso, pois, estudar e conhecer melhor a civilização chinesa, destinada a um papel central no século XXI. Aqui no Hugo Sarmento todos temos devotado nosso projeto anual a esta tarefa. Com meus alunos do curso de Filosofia de todo o ensino médio, um trimestre foi dedicado – como não poderia deixar de ser – ao estudo do pensamento chinês.

O que se passa na cabeça deles? Não exatamente o mesmo que nas nossas, embora sejamos todos igualmente humanos. É que a China, dona de uma cultura milenar, possui todo um sistema de pensamento e uma visão completa de mundo muito antigos. 

Enquanto muitos povos ainda estavam se organizando, e muitíssimo antes de inventarmos a ciência, os chineses já haviam formulado as bases de sua visão de mundo. E os pilares são o respeito à autoridade e a preeminência da coletividade sobre o indivíduo.

A sociedade chinesa (ainda?) é algo que nós já não somos: uma sociedade tradicional. Isso significa que aquilo tudo que nossos avós comentavam – respeito aos mais velhos, admiração pelos professores, dever para com a família, obediência incondicional a chefes e autoridades – lá é a mais pura realidade. O pensador Confúcio (500 anos antes de Cristo) chamava isso de filialidade: agir para com os mais velhos e autoridades como um filho diante do pai, e para com os mais novos e inferiores na hierarquia social como um pai diante do filho. Algo bem diferente de nosso comportamento atual, como todos os brasileiros com filhos em idade escolar bem o sabem… 

Estudar a China nos permite ver todas as vantagens e desvantagens desse tipo de sociedade: disciplina, respeito para com os outros, baixo nível de violência, mas, também, autoritarismo por parte dos mais velhos e/ou poderosos, inexistência de democracia, forte resistência a mudanças. 

Esse tipo de visão de mundo faz par com a importância da coletividade e a desimportância dos indivíduos. Um jornalista brasileiro em recente viagem à China espantou-se ao almoçar com chineses. Foi mais ou menos assim:
Chinês: – O que você vai querer?
Brasileiro: – Não sei bem… vocês já escolheram?
Chineses: – Hahahahhaa!!! Hehehahaha!!!
Brasileiro: ???... – Bom, vou provar este Pato de Pequim.
Chinês: – Garçom, Pato de Pequim para todos!

Não somente a pessoa mais importante à mesa escolhe o prato para todos, como paga a conta!! (Claro que o brasileiro, como convidado, não estava pagando…) A ideia de que cada indivíduo pode escolher seu prato e sua bebida, simplesmente não ocorre, assim como não nos ocorre que outros escolham o que nós vamos comer. E isso vige em todas as esferas: muitas vezes os pais escolhem a profissão dos filhos, por exemplo.
Trabalho de Thomas Giurno Destro – 3ª s. Ensino Médio

Assim, a imagem que temos de chineses disciplinados, fazendo tudo sincronizadamente, se “matando” de estudar e etc., é fruto não somente do esforço do indivíduo, mas de toda uma visão de mundo compartilhada por uma sociedade. Entender isso é, também, por comparação, entender o que somos e o que queremos para nós, brasileiros.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A Geografia e o despertar para a dinâmica das cidades

Por Caroline Araújo


Se perguntarmos às pessoas de modo geral “O que é a Geografia?” ou “Por que estudamos essa disciplina?”, a maioria das respostas será sempre voltada à sua relação com a Cartografia, de maneira superficial e óbvia: pintura de mapas, latitude e longitude, com ênfase na ”decoreba”, para saber todas as capitais de países e estados, conhecer todos os rios do país e por aí vai. 

Entretanto, a Geografia vem para ajudar a despertar o olhar, ajudar também a não perdê-lo, isso desde a primeira infância, quando começamos a compreender que existe um mundo além de nossas casas. Ela planta uma sementinha que desperta a curiosidade pelo novo e instiga a querer saber mais sobre o velho, faz relações com outras disciplinas, de modo que o resultado seja a compreensão do funcionamento dessa “máquina” que se chama planeta Terra.

Desde a Educação Infantil, nossos alunos vão se apropriando dos conhecimentos de forma contextualizada, dentro dos projetos como o das Crianças do mundo, dos animais dos Polos, o Universo. Chamamos estas aproximações de "alfabetização cartográfica".

As Ciências Sociais, a partir do Fundamental I, compostas pelos conhecimentos da Geografia e da História, vão trazendo as informações sobre as características do nosso planeta e de suas transformações a partir da ação do Homem.


No ensino fundamental 2, um dos temas de estudo da Geografia se refere à dinâmica e transformações diárias que vivemos nas cidades, atentos ao clima, à economia, ao nosso dia a dia.

Para SPÓSITO, em seu livro “A Dinâmica das Cidades” “[...] não basta apenas observá-la ou viver nela. É preciso observar a sua dinâmica, a sua geografia e a sua história. Ou seja, é preciso observar a movimentação das pessoas em suas ruas, as relações comerciais, onde estão localizados os estabelecimentos industriais [...]” e muitas outras informações que por muitas vezes passam despercebidas, que não são despertadas no período escolar e vão sendo deixadas de lado na fase adulta.

Vivemos uma rotina incessante e desgastante, onde os horários, os percursos, o vivido são sempre recomeçados de forma idêntica, nos fazendo não olhar lá para o lado de fora do vidro do carro, tirando de nossos olhares o despertar para o novo, novo que acontece em questão de dias, horas, segundos, num piscar de olhos. 

Quando vão para o 6º ano, os alunos são voltados para o olhar do percurso, dos mapas mentais, dos croquis, imagens de satélite, fotografias aéreas. Exemplos vividos em sala de aula foram os trabalhos com o 6º e o 9º anos.  No 6º, demos foco a uma atividade de mapa mental: PAGANELLI (2007) afirma que “expressar-se graficamente também é um processo a ser construído. Desenhar uma casa, uma rua, uma granja, um jardim ou a planta de povoado exige abstrações empíricas e reflexivas, coordenação de um ponto de vista e relações e operações topológicas projetivas e/ou euclidianas devem ser acionadas.” Ou seja, os alunos devem pensar em estratégias, usar o imaginário e aguçar a observação dos espaços percorridos e projetar toda essa informação em um espaço reduzido, nada comparado ao real. E como fazer isso?

Durante as aulas construímos um diálogo pautado nos endereços dos alunos; este foi nosso ponto de partida para abrir mais questionamentos e observar se eles sabiam onde moravam. A partir daí, as perguntas base foram:

•  Quais tipos de locomoção utilizam de casa para a escola?
•  Quais as ruas percorridas?
•  Na volta, fazem o mesmo percurso?

Demos exemplos de mapas mentais, tipos de percurso e croquis, tanto do livro didático, quanto de imagens selecionadas para aula expositiva, por meio do PowerPoint, para distingui-los e ampliar o conhecimento, para que em casa os alunos construíssem seu mapa de forma mais eficiente. De uma escala que sai do “eu” e se expande para “um todo”, fazendo com que os alunos queiram saber por onde andam, quais são os caminhos escolhidos para irem até a escola, na volta para casa, na casa do amigo. Orientação e distâncias são fundamentais para que, assim, quando chegarem ao 9º ano, já tenham a percepção das transformações com uma visão mais humana.

A partir daí, a base seja fugir dessa rotina massacrante a que estamos habituados e achamos tão comum. Como fazer isso? Como trabalhar com os alunos essa nova visão? Por meio de uma palavrinha que tem um grande significado – a SERENDIPIDADE. 

Mas o que significa essa palavra tão complicada? Se procurar no dicionário de Português, está lá - “se·ren·di·pi·da·de (inglês serendipity) substantivo feminino:

1.  A faculdade ou o ato de descobrir coisas agradáveis por acaso.
2.  Coisa descoberta por acaso.”

E como consigo agir serendipidamente? Fugindo da rotina! Como? Mudando os caminhos, refazendo seus percursos! 

Sabemos que hoje nossas práticas são baseadas em torno do que seja seguro, o que nos faz limitar nossas ações no cotidiano. O discurso sobre o mundo e a violência na qual vivemos é frequente, reduzindo a nossa vida ao que nos aproxima do que nos protege. Vivemos com medo, as notícias estão aí para comprovar, mas será que nos limitarmos ao ponto de vivermos em núcleos não nos faz reféns?

Trabalhar serendipidade dentro do conteúdo de Geografia é ampliar a bagagem, é tornar humano. É notar um novo prédio e perceber seus benefícios ou malefícios para aquele local. É sair para ir à escola e usar novas rotas, e no meio do novo descobrir o novo, como o quê? Um sebo que nunca fora notado, uma praça com atividades de lazer que nunca havia sido vista, pois nunca havíamos percebido ela ali. Um morador novo que se mudou há pouco, a beleza e a depressão da vida em uma cidade. A exemplo disso, os alunos do 9º ano foram questionados sobre o entorno de onde vivem, se conseguiam identificar mudanças das mais simples às mais significativas na proximidade de suas casas, se conversavam com seus pais, parentes ou até mesmo vizinhos mais antigos para saber se as mudanças foram muitas. A aula foi pautada no despertar da curiosidade em saber a história do bairro onde vivem e, assim, elaboraram algumas questões para a atividade que fariam em casa.

Procissão na R. Girassol, em 1951

A atividade designada foi uma entrevista e eles tinham que entrar em contato com algum morador antigo do bairro onde moram, poderiam ser parentes, como avós ou vizinhos próximos, e aplicar as questões durante a entrevista. O resultado foi muito positivo, a maioria quis falar sobre o que descobriu, sobre as relações e transformações sofridas no local. O resultado disso foi o contato, a história, o imaginário, a percepção.

As aulas são pautadas no olhar da Geografia Humana, mas, claro, sem jamais tirar o mérito dos trabalhos com mapas, sem jamais deixar de fazer as relações com as dinâmicas físicas que a Geografia tem como raiz. A partir desse olhar, – em conjunto com Geografia Humana e Geografia Física – o aluno terá capacidade de interpretar as ações, como uma casa construída em lugar de risco, associar os alagamentos em certas regiões por conta do relevo, entender os motivos de algumas regiões serem mais chuvosas ou frias que as outras e por aí vai. Dando valor aos trabalhos com mapas e a sua devida importância à Cartografia, fugindo da pintura “artística” [pintar por pintar] e fazendo relações e interpretações da maneira mais adequada e valorizada possível.


Como mencionamos no início do texto, Geografia vai além da decoreba, Geografia deixa de lado a visão introspectiva do mundo e parte para a expansão do conhecimento. É necessário que as aulas sejam baseadas na quebra dos paradigmas vividos por ela, e o principal deles é que o aluno deva saber se auto referenciar no espaço, mesmo que não conheça todas as capitais dos estados; afinal de contas, já temos os Atlas Geográficos, inclusive as ferramentas digitais, para nos auxiliarem nisso.

NOTA
"serendipidade", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/serendipidade [consultado em 01-09-2015].

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A Educação Física para além da quadra

Por Raquel Salge

Quando pensamos em Educação Física, logo imaginamos: bolas, coletes de times, jogos e exercícios. No entanto, no Colégio Hugo Sarmento, esta disciplina vai além deste olhar e também está atenta ao aspecto físico dos alunos.

Todos os anos, em nossas aulas, os alunos do ensino fundamental I têm suas medidas de peso e altura aferidas. Com estes dados, calculamos o IMC (Índice de Massa Corporal) de cada um.

O IMC é uma medida de referência internacional reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde). O cálculo é simples, mas permite uma avaliação geral para definir se a relação peso/altura está correta para a faixa etária. Para determinar o IMC, basta dividir o peso do indivíduo (massa) pela sua altura ao quadrado. A massa deve ser definida em quilogramas (kg) e a altura, em metros. 

A análise do resultado é realizada com base em uma tabela que considera a idade e o sexo, permitindo a identificação de situações que caracterizem baixo peso, peso normal, sobrepeso ou obesidade.


 O foco deste trabalho são os alunos do 5º ano, fase que coincide com a chegada da pré-adolescência. Neste período, que começa por volta dos 10 anos de idade, inicia-se um grande processo de mudanças físicas e emocionais. Estar mais atento às mudanças e alterações do peso é ainda mais fundamental para a chegada saudável a esta fase, repleta de novidades. A família tem um papel essencial para estabelecer uma rotina saudável; por isso, os dados coletados são compartilhados e discutidos com os pais em reunião presencial, momento em que dúvidas podem ser esclarecidas e são dadas orientações simples.
O equilíbrio é a palavra chave para a manutenção de um corpo saudável. Este equilíbrio é encontrado na relação entre gasto e consumo de energia.


Se ingerirmos mais calorias do que gastamos, o corpo irá armazenar em forma de gordura e, se o contrário acontecer, iremos perder peso. Com a chegada da adolescência, este equilíbrio muitas vezes é quebrado. O adolescente brinca menos e geralmente faz escolhas por alimentos hipercalóricos.  

Saber escolher é fundamental. Pensando nisso, na disciplina de Ciências, os alunos do 5º ano aprendem noções básicas de nutrição, leitura de rótulos de alimentos, nutrientes, além do preparo de alimentos saudáveis e gostosos. Com este aprendizado, eles mesmos conseguirão fazer escolhas mais saudáveis e conscientes.

 
        
Um dos grandes problemas atuais, relacionados à saúde, é o crescimento da prevalência de sobrepeso e obesidade. O que antes era um problema exclusivo de algumas regiões e classes sociais, hoje não é mais, atingindo o Brasil de forma geral. O IBGE mostrou, neste mês, que o Brasil está engordando. Se continuarmos nesta crescente, em 10 anos estaremos iguais ao país mais gordo do mundo, os EUA, onde um terço da população está acima do peso adequado. 

Pequenas alterações na rotina da família e do adolescente ajudam a encontrar o equilíbrio para uma vida mais saudável.

Nossos alunos do 5º ano estão em plena mudança e nós estamos atentos para ajudá-los a se cuidar e a se conhecer, atuando com uma abordagem multidisciplinar, a fim de assegurar a transição para o próximo ciclo da vida escolar de maneira saudável e estimulando a conquista de bons hábitos para toda a vida. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

CAMBRIDGE ENGLISH EXAMS

MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA - UM DOS SEGREDOS DO SUCESSO
 DA APRENDIZAGEM DE INGLÊS

Cecilia Levart Zocca – Profª de Inglês do Ensino Médio


      Independentemente do tempo em que nós professores de inglês estamos atuando em sala de aula ou ministrando aulas particulares, estamos sempre estudando e revendo as várias teorias de aprendizagem, participando de congressos, palestras, encontros de professores, fóruns e sempre estamos tentando mudar, aperfeiçoar, aplicar o que vimos, ouvimos ou discutimos. O mundo moderno nos proporciona oportunidades de acesso rápido à informação, às novidades e à interação com outros profissionais enquanto alimenta nossa busca incessante de aprimoramento. Porém, nem todos os profissionais encaram seu dia a dia profissional dessa forma entusiasmada e estimulante. Nem todos vibram e se sentem instigados a se reciclarem constantemente. A muitos falta “motivação”. Mas, o que nos motiva em nosso trabalho?  E quanto aos nossos alunos? O que os motiva a estudar? Por que dentro de uma mesma empresa tem-se funcionários envolvidos em seu trabalho e outros tão desmotivados? Por que uns estudam tanto e outros tão pouco ou quase nada dentro de uma mesma escola e até mesmo dentro de uma mesma sala de aula? 
Dentro da psicologia e do mundo empresarial temos várias teorias que tentam definir e explicar o conceito de motivação, mas todas elas apresentam um ponto em comum: a motivação é uma resposta a estímulos externos e internos. É um consenso entender que os recursos positivos do lugar em que estamos nos estimulam, nos animam e nos impulsionam. Fácil imaginarmos que um ambiente agradável e natural produz um efeito bastante positivo em cada um de nós, enquanto que um ambiente desagradável e coercitivo pode nos trazer sensações de desânimo e tédio. Mas não podemos esquecer que a motivação também é intrínseca, ou seja, também se origina dentro de cada um de nós. Ela está intimamente atrelada aos novos objetivos pessoais, ao sentido que damos às coisas em nossas vidas, à nossa escala pessoal de valores. E é este referencial, particular e individual, que dará realmente sentido à maneira pela qual cada um de nós opera sua motivação. Embora tenham origens diferentes e apresentem fatores distintos, os motivos externos e internos que fazem parte da realidade de cada um de nós atuam em conjunto e se complementam para atingirmos a conquista de nossas metas. 
Nossos alunos do 3º ano do Ensino Médio se mostraram extremamente motivados com a grande novidade que apresentamos no curso de Inglês deste ano. Em parceria com a University of Cambridge, o Colégio Hugo Sarmento ofereceu a oportunidade de todos se submeterem a exames para obtenção de certificados internacionais. Com esta parceria, nossos alunos realizaram essas provas sem custo adicional – o preço desses exames varia de R$ 400,00 a R$ 600,00 se realizados fora desta escola –  e obtiveram um dos certificados de inglês mais valiosos, aceito em milhares de empresas e instituições de ensino no mundo e que pode ser usado para que concorram a bolsas de intercâmbio do programa Ciências sem Fronteira.
Após uma prova classificatória, em que definimos o grau de conhecimento e o tipo de exame que cada um estaria apto a realizar, trabalhamos com os alunos os testes que foram oferecidos para estudo e treino com informações e vídeos da web. Fizemos apresentações sobre a importância deste exame para a continuação de seus estudos e para o futuro profissional de cada um. Com toda a motivação externa ativada pela escola, nossa turma de 3º ano compareceu quase que totalmente (com somente duas abstenções) no dia da realização dos exames.
Uma equipe do Cambridge English veio até nossa escola para aplicação dos exames que constam de: produção escrita, conversação, leitura e compreensão de textos e compreensão auditiva. Estes exames são enviados e corrigidos na Inglaterra, com total isenção. Confira nossos resultados:


CPE refere-se a um certificado destinado àqueles que desejam um certificado da língua inglesa em nível o mais avançado possível. É o exame mais complexo oferecido pela a comissão de exames ESOL da Universidade de Cambridge, e exige o domínio da língua em nível similar ao de um falante nativo. O perfil do candidato do teste é de professores de inglês e aqueles profissionais que desejam exercer atividades laborais e acadêmicas. É um certificado permanente e não necessita ser renovado.


O FCE é destinado aos estudantes cujo domínio de inglês é avançado em várias áreas distintas, incluindo negócios e estudo. Alunos que possuam um vocabulário vasto, capacidade de construir um argumento e usar adequadamente diferentes estilos de comunicação para diferentes situações. Os estudantes também necessitam entender as diferentes situações de interação social, normas cultas e graus de formalidade.


O KET é definido no Nível A2 do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR). Atingir este nível mostra que o aluno é capaz de compreender e usar frases e expressões básicas, apresentar-se e responder perguntas básicas sobre informações pessoais, interagir com falantes de inglês que falem devagar e com clareza, escrever anotações curtas e simples.

     Com a divulgação dos resultados, fizemos uma pesquisa e constatamos que os alunos que estudam há mais tempo no Hugo Sarmento apresentaram melhores resultados nos exames. Na análise, em que cruzamos os dados da performance dos alunos e os anos dedicados a cursos de inglês extracurriculares, constatamos também que não é possível afirmar que exista uma relação entre o tempo de estudo de Inglês em cursos fora da escola e o desempenho de nossos alunos nos exames. O resultado desmistifica o conceito tão arraigado de que só se aprende inglês fora do colégio. 

Laura Condini, Mateus de Andrade e Thomas Destro obtiveram as melhores notas dentre os alunos que prestaram o Cambridge English no Hugo Sarmento. Os três estão em nossa escola há 12 anos, desde a 1ª série do Fundamental.

      Tomando como base pesquisas, estudos, e minha experiência como professora de inglês, constato a cada dia que a motivação intrínseca é fundamental para a aprendizagem e o desempenho do aluno. A prova disso foi o desempenho de nossa turma de 3º ano que mostrou dedicação e comprometimento na realização das tarefas de estudos, no desenvolvimento das competências para a aprendizagem de inglês, na enorme curiosidade e busca por mais informações sobre vários assuntos e pela fascinação diante do novo; pelo desejo de crescer sempre.



quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A morte, um assunto que ninguém gosta de tratar

Por Theodora M. Mendes de Almeida

Na semana passada, tivemos que lidar novamente com o tema da morte com os alunos. Mas, desta vez foi ainda mais difícil para todos nós por se tratar da morte de um ex-aluno querido, ainda uma criança. Todos ficamos chocados e muito tristes com o falecimento do Juahn. Ele era um menino especial e muito querido por todos. Esteve conosco desde os três anos até o ano passado. Neste período, passou por muitas situações difíceis, tratamentos que precisavam de muita força para superar. E ele era forte, esperto, inteligente e alegre. Temos certeza de que foi muito feliz aqui conosco.

Juahn , no centro da foto, fazendo o sinal de paz e amor!

Discutir a morte não é tarefa fácil, nem para as famílias nem para as escolas. Todos os especialistas dizem que o assunto deve ser tratado de forma aberta. Dizem ainda que desde os 2 anos, a criança é capaz de entender a perda: um animal de estimação que foge, a ausência dos pais e a morte em desenhos animados. Porém, até os 4 anos ela tem a ideia de que isso é reversível. 

Psicólogos especializados estão aptos a contribuir. O principal é analisar cada situação, propor ações e avaliar a necessidade de recorrer a especialistas.

Os alunos do 4º. Ano, colegas de Juahn, já com 9 anos, foram informados por seus pais sobre o falecimento e nós nos preparamos para ouvi-los e acolhê-los. As crianças choraram bastante e falaram sobre suas lembranças com o amigo e sobre seus sentimentos.

É necessário muito cuidado e sensibilidade para agir diante do fim da vida de alguém. A morte é uma experiência que mobiliza muitos sentimentos e emoções difíceis de serem vivenciadas - como a culpa, a indignação e a raiva. Porém certas ações favorecem a sua elaboração. Cerimônias simbólicas também constituem iniciativas interessantes – após a conversa em grupo, optamos por sugerir às crianças que fizessem mensagens escritas para registrar o que estavam sentindo.  Combinamos que cada um faria uma cartinha ou um desenho como forma de registrar suas memórias e nos oferecemos para entregar aos pais do Juahn, o que fizemos depois na missa de sétimo dia.

A partir de agora, sabemos que o importante não é tanto falar e sim escutar e observar. Os professores estão atentos às expressões das crianças, seus comportamentos e suas perguntas e até ao seu silêncio. 

Muitas famílias têm dúvidas em como abordar o tema com os filhos. Algumas falam bastante, recorrem à literatura, outras silenciam, apoiam-se em preceitos religiosos ou fazem uso de metáforas - "Virou uma estrela no céu", "Foi fazer uma grande viagem". Não cabe à escola atribuir um sentido para a morte, é importante que os pais conversem com as crianças sobre a situação de morte e perda e que transmitam a elas suas próprias crenças e valores. Acolher e dar carinho são mesmo os melhores remédios nessa hora. 

Mariáh, que entrou na escola este ano e viu o sentimento dos seus colegas, também registrou seu pensamento.


Como acontece com os adultos, a memória afetiva nunca vai desaparecer. Depois de certo tempo, acontece o chamado luto saudável, quando se percebe que é possível se lembrar da pessoa querida de forma leve e sem sofrimento. 

Juahn ficará sempre nas nossas melhores lembranças.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

ESCOLA É LUGAR DE BRINCAR!

Por Theodora M. Mendes de Almeida


Não é sem razão que o tema da brincadeira tem sido alvo de interesse de educadores de todos os tipos: pais e mães, pedagogos, pesquisadores, cineastas, jornalistas... A correria, a violência, o consumo e tantas dificuldades da vida contemporânea foram tomando o espaço da brincadeira.  

Alguns deles, de formas variadas, dedicaram seu tempo a defender a importância do brincar, como Gisela Wajskop, Renata Meirelles, Rubem Alves, Estela Renner, Adriana Klysis. Escreveram textos, poemas, fizeram documentários inteligentes e instigantes a que todos podem ter acesso. Procuramos estudar e oferecer aos nossos professores a oportunidade de incluir e vivenciar a brincadeira na escola junto com seus alunos.

Gisela Wajskop, em uma de suas publicações, nos diz que “Nas sociedades ocidentais atuais, sempre que se pensa na criança e nos cuidados e educação, faz-se uma referência ao brincar. Normalmente, a aceitação da brincadeira como parte da infância é consequência de uma visão social de que brincar é uma atividade inata, inerente à natureza da criança.”  

Este entendimento, porém, surgiu após a Idade Média, quando o brincar foi associado à criança e o trabalho ao adulto. A ideia de garantir à criança o direito de brincar é bem recente, principalmente a criança da cidade grande, que perdeu seu espaço de brincar. 


A visão romântica e saudosista da brincadeira foi também escrita de forma poética por Rubem Alves em seu livro QUANDO EU ERA MENINO: “Todo brinquedo tem de oferecer um desafio. "Desafio" é isso: uma coisa que a gente quer fazer mas é difícil fazer. Num brinquedo a gente está sempre "medindo forças" com alguma coisa: com a água (nadar é brincar com a água), com uma árvore (subir na árvore é brincar com a árvore), com uma pessoa (o "pique": quem corre mais rápido), com uma adivinhação (todo problema é um enigma a ser decifrado)... Um quebra-cabeças de 16 peças: que graça tem? É só olhar para saber onde as peças se encaixam. Mas um quebra-cabeças de 500 ou mesmo 1.000 peças: isso sim é um desafio. Aquele monte de peças em cima da mesa está nos dizendo: "Veja se você é capaz de nos ajuntar de forma que todas fiquemos encaixadas umas nas outras e desse encaixe apareça uma quadro...
Outro brinquedo de criança pequena é assobiar. Que inveja dos meninos maiores! E eu soprava que soprava, mas só saía o barulho do vento. Até que um dia, assobiei. Aí passei a assobiar o tempo todo e fui me aperfeiçoando. Até que ficou fácil. Assobiar deixou de ser um desafio. Mas um outro desafio surgiu: aquele assobio forte que se produzia pondo dois dedos na boca, debaixo da língua. Tentei muitas vezes e não aprendi. Ainda hoje eu tenho inveja...”


O filme Tarja Branca, um corajoso elogio do brincar, é um incrível manifesto pelo direito de brincar da criança, segundo jornalista da Carta Capital: “O maior recheio do filme está nas entrevistas que moldam um determinado discurso, preparam uma defesa para o tema proposto. Pessoas de profissões das mais diferentes funções, pedagogos, artistas, humoristas, psicólogos etc. misturam depoimentos pessoais com análises distintas e instigantes. Todos parecem concordar que o brincar é a atividade raiz da infância. Trata-se de uma atividade soberba porque expressa a plenitude, a expansão, a liberdade, a unidade. É a primeira maneira de ligação com o mundo social. Ela é, segundo um dos entrevistados, aquela água subterrânea que percorre todo o rio da vida que bebemos e de que dependemos.
 A proposta também escora-se nos adultos. Deve-se – por necessidade – resgatar a criança dentro de cada adulto. Não é uma tarefa simples, como procurar numa caixa velha uma ferramenta perdida, pois, na maior parte das vezes, nem percebemos o quanto nos tornamos sérios demais e ocupados demais para brincar não somente com os outros, mas com nós mesmos. Quantas vezes crianças não ouvem dos adultos que “hoje não dá, filho, estou ocupado”, “hoje não dá, filha, estou com muita pressa” ou “estou muito cansado”.


A forma de brincar também é motivo de preocupação. “O movimento Slow Kids acredita que, para as crianças se desenvolverem de maneira saudável, é preciso respeitar seu tempo – de descobrir, observar, experimentar. É preciso dar a elas espaço para que se conheçam, investiguem seus interesses, capacidades, emoções.
Acreditamos que o brincar é coisa séria. Que pular etapas e apressar fases do desenvolvimento da criança é encurtar o seu potencial e, com ele, sua sensibilidade e inventividade.
Defendemos que o tempo livre da criança seja valorizado e garantido. Ele é um caminho na contramão do acúmulo de informações e da construção de falsos desejos, cotidianamente induzidos pela sociedade do hiperconsumo e da informação. Incutir na criança necessidades que não são reais pode levar ao estresse, ansiedade e apatia.
Acreditamos, também, que o contato com a natureza é fundamental para a saúde física e mental da criança. Essa interação estimula o uso de todos os seus sentidos, e assim ela se apropria dos espaços, dos outros, de si mesma. Crianças que brincam regularmente com elementos naturais têm mais coordenação, equilíbrio e agilidade.
Queremos que a criança tenha vivências no mundo real, que sejam plenas, calmas e afetivamente significativas, e não meramente informativas. O impacto negativo da mídia e dos jogos eletrônicos é observado tanto no desenvolvimento físico das crianças como no emocional, social e mental. Por isso, defendemos que esse tempo seja limitado e que haja, sempre, a mediação ou o acompanhamento de um adulto.
Acreditamos que a terceirização do cuidado com as crianças é prejudicial ao seu desenvolvimento, pois a criação de vínculos afetivos fortes dá segurança para que ela tenha um desenvolvimento saudável e se prepare para enfrentar o mundo. Os pais devem assegurar tempo para estarem juntos – e focados. E não, não bastam 15 minutos.
Convidamos a todos para olhar para as necessidades das crianças no presente – hoje! – e não agir pensando apenas no futuro. Abrir mão do aqui e do agora pode trazer consequências graves para os pequenos, que marcam o restante de suas vidas.
Sonhamos com uma mudança em relação ao modo como recebemos nossas crianças no mundo. Sabemos que uma sociedade que cuida bem de suas crianças se humaniza."

Visite o site : www.slowkids.com.br


Para Renata Meirelles, nossa ex-aluna, “brincar é a principal e mais importante atividade da infância. É por meio dela que os pequenos investigam o mundo em que vivem e se preparam para amadurecer. Com seus bonecos, carros, comidinhas e fantasias, meninos e meninas descobrem novas emoções e experimentam sensações. Amam, odeiam, sofrem, alegram-se e, assim, fazem um treino complexo e rico para a vida adulta. “Fui uma criança que brincou muito e, mesmo depois de crescer, continuei apaixonada pelo tema”, afirma a pesquisadora Renata Meirelles, que sempre aproveitou viagens com amigos para observar rodas de crianças dos lugares que visitava. Em 2000, ela conheceu o americano David Reeks, que estava de férias no Brasil e cultivava o hábito de gravar os sons do país – a feira, o trânsito, as conversas de bar. Começaram a namorar, e ela fez a ele uma proposta: “Vamos para a Amazônia registrar as brincadeiras de crianças em vídeo?” Juntos, os dois visitaram 16 comunidades indígenas e ribeirinhas do Amapá, Pará, Amazonas, Acre e de Roraima para realizar o projeto que batizaram de Bira – Brincadeiras Infantis da Região Amazônica. O material das viagens resultou em documentários de curta metragem, apresentações, oficinas e palestras para escolas e no livro Giramundo, vencedor do Prêmio Jabuti.

Em 2012, já mãe de dois meninos (Sebastião e Constantin, então com 5 e 3 anos, respectivamente), Renata fez uma nova proposta a David: viajar pelo Brasil para registrar brincadeiras em diversos tipos de cultura. Proposta aceita, a família passou dois anos na estrada para realizar o projeto Território do Brincar. Durante as viagens, ela promoveu intercâmbios com educadores de escolas a quem, por Skype, contava e mostrava o que tinha visto. Depois, discutiam temas como trabalho infantil. As pesquisas do casal também renderam uma exposição itinerante que percorre escolas, festivais e praças Brasil afora e o documentário Território do Brincar, que estreou nos cinemas no mês passado. Agora, ela tem em fase de produção uma série infantil para televisão e outro livro. No próximo ano, Renata quer levar a família para uma nova jornada em busca de brincadeiras. Desta vez, pelo mundo.”  Revista Cláudia

Assista ao filme e acesse o site: www.territoriodobrincar.com.br


Adriana Klisys, pesquisadora, trabalha com projetos de resgate dos jogos e brincadeiras e faz a formação de professores para garantir um olhar especial sobre a hora de brincar na escola. Já esteve aqui conosco, atuando na formação de professores, fazendo oficina de jogos africanos e nos ensinando a criar e a montar jogos de tabuleiro com as crianças.
Adriana é diretora da Caleidoscópio Brincadeira e Arte  www.caleido.com.br


Aqui na nossa escola, sabemos da importância do brincar e garantimos os momentos de brincadeira em diferentes espaços e contextos. As brincadeiras tradicionais fazem parte do dia a dia da Educação Infantil. Na nossa coletânea de jogos e cantigas tradicionais, registramos este acervo maravilhoso, que vamos passando a cada nova geração.

             
 
 
 

E você, quer brincar?

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Decorar ou entender a tabuada?

Por Rosana Nunes

Os educadores das escolas de alguns anos atrás não colocavam em dúvida a necessidade da mecanização da tabuada, isto é, era ponto de honra saber a tabuada “na ponta da língua”. 

Porém, com a introdução dos conceitos da chamada Matemática Moderna, aconteceram muitas tentativas de mudanças e, principalmente, a busca por uma aprendizagem fundamentada na compreensão dos conceitos e processos matemáticos. Atrelado a isso, vieram muitas criticas com relação ao ensino tradicional e a obrigatoriedade de decorar a tabuada. O olhar era o de criar condições para que o aluno compreendesse o conceito da multiplicação para chegar ao resultado.

Ainda hoje essa discussão está presente, porém, há um consenso geral entre os educadores com relação à mecanização pura e simples no aprendizado da tabuada. Todos nós sabemos que a compreensão é fundamental, que não adianta recitar “quatro vezes seis, vinte quatro”, sem que tenha entendido o significado do que se está dizendo. Em todas as operações, a noção de número e o sistema de numeração decimal precisam ser construídos e compreendidos de preferência em situações-problema.

Para que os alunos saibam o significado de multiplicar, é preciso que tenham clareza quanto as ideias envolvidas na multiplicação e nas estratégias de cálculo. Dessa forma, saber que 4 x 6 = 6 + 6 + 6 + 6 é tão importante quanto compreender que  24 = 12 + 12 ou 6 + 6 + 6 + 6 .

A partir do 3º ano, os alunos começam a compreender que a tabuada é um tipo especial de tabela usada para representar as operações e passam a fazer uso da Tábua de Pitágoras para perceberem regularidades como: se eu sei que 3 x 6 = 18, também sei que 6 x 3 = 18. Com isso, quem não conhece o resultado da primeira operação, mas, desmembrando sabe o da segunda, consegue resolver a questão. Apoiado nessa propriedade, basta memorizar a metade dos produtos da tabela para saber o restante dela. Veja:


Construir diferentes recursos de cálculo aproveitando o que já se conhece é uma das estratégias usadas. Outra forma é utilizar as dicas dos colegas e os registros coletivos que são realizados durante todo o ensino fundamental I. Não basta apenas escrever as tabuadas, mas coletar e registrar as informações que aprenderam, fazer comparações entre duas tabuadas, transitar pelos diferentes recursos de jogos eletrônicos e manuais. 
Os alunos, a todo tempo, são convidados a passar por uma experiência de investigação e de organização de informações sobre tabuadas.


O uso dos jogos, problemas e atividades que envolvem regularidades são as melhores e mais desafiadoras formas de levar os alunos a perceberem como e por que memorizar as tabuadas. 

À medida em que as operações vão se tornando mais complexas, há uma necessidade de agilizar os cálculos e, consequentemente, de memorizar a tabuada. Isso significa que a ação de decorar resultados está mais para etapa final, ou seja, quando o aluno já sistematizou o que aprendeu, diferentemente do que acontecia no passado quando a memorização era o ponto inicial dos trabalhos. 

O trabalho aqui no colégio, até o término do Fundamental I, é o de permitir que os alunos aprendam e, ao final, memorizem as tabuadas com autonomia e em seu próprio ritmo!

Dica de sites para complementar os estudos:








https://www.matific.com/us/en-us ( baixar o aplicativo)

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A biblioteca como um espaço de aprendizado e lazer

Por Beth Zemuner - Bibliotecária

Entende-se que a biblioteca não é um local inerte ou neutro. É, sim, um lugar para onde convergem informações sobre o mundo, fragmentos do saber e da realidade, além de ficção e obras verossímeis. Em outras palavras, pode apresentar-se em duas vertentes: segundo Brettas (2010), ela tem a função e a possibilidade de influenciar uma coletividade quanto à sua identidade e ideologia, e a de estimular a leitura quanto à produção de novos conhecimentos, bem como quanto à fruição do lazer.


A Biblioteca Patrícia Helena Mendes de Almeida (nome de nossa fundadora, apaixonada por livros) visa atender às necessidades informacionais de nossos alunos, equipe pedagógica e pais de alunos do Colégio Hugo Sarmento. Possui um acervo de mais de 11.000 títulos, 70 DVDs e 250 CDs, que compreende todas as áreas do saber, com um enfoque maior para a literatura infanto-juvenil e a arte. Temos também livros em inglês e espanhol para todas as idades. 

 

A escolha do acervo é criteriosa. Durante o ano incorporamos diversos livros novos ao nosso acervo, com destaque para os que fazem parte dos projetos (como o Projeto África, Grécia, Aves, Cultura Indígena, Nutrição, China, entre outros), além de livros para leitura em sala de aula, novidades do mercado editorial e uma parte reservada especialmente para orientação aos pais, que disponibilizamos nas nossas Rodas de Biblioteca de Pais, para auxiliá-los na tão desafiadora e gostosa tarefa de educar. 


Configura-se a biblioteca, pois, como um espaço sociocultural que dispõe de produtos e serviços informacionais e culturais, possuindo em seu acervo uma ampla gama de assuntos. Assim, ela aparece como uma instituição fundamental para cumprir tal objetivo. 

 

A biblioteca realiza, ainda, alguns eventos, como a Livromania, encontro com autores e ilustradores que ocorre a cada 2 anos e neste ano, pela primeira vez, a Troca de Livros, na qual propusemos aos alunos, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, trazer até três livros para trocar por outros (de igual interesse), incentivando-os a mergulhar nesse mar de sensações boas que é separar um livro especial para que outra pessoa possa desfrutar da história por ele lida anteriormente. 

TROCA DE LIVROS

CHUVA DE POESIAS

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Promove, ainda, a visita de Editoras, com seus promotores especializados em educação para oferecer suporte aos professores para a escolha dos livros para os alunos.

A biblioteca ainda oferece um ambiente aconchegante para estudos e, nos intervalos das aulas, atividades lúdicas voltadas para o desenvolvimento cognitivo das crianças, como interação com jogos de tabuleiro ou de cartas.


Procuramos ouvir o que os alunos nos pedem – se para os adultos o apoio é a função mestra, na biblioteca infanto-juvenil o objetivo maior deve ser o acolhimento e o estímulo à leitura e à busca de conhecimento. É isso que nós do Colégio Hugo Sarmento buscamos, identificar e tornar acessível esse conhecimento.

A BIBLIOTECA NAS FÉRIAS

Em julho, nossa biblioteca estará aberta para o empréstimo de livros para  crianças e adultos. 

Reserve o seu e divirta-se!


BIBLIOGRAFIA

BRETTAS, Aline Pinheiro. A biblioteca pública: um papel determinado e determinante na sociedade. Biblos: Revista do Instituto de Ciências Humanas e da Informação, Belo Horizonte, v. 24, n. 2, p. 101-118, jul./dez. 2010. Disponível em: <http://www.seer.furg.br/biblos/article/view/1153/1030>. Acesso em: 24 nov. 2014.